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Menino salva filhote de gato enterrado vivo
30 de setembro de 2014
- Bruno M.

Foto: Renata Duarte/Arquivo Pessoal
Um garoto de 13 anos salvou um filhinho de gato que havia sido enterrado vivo.
Ricardo Felipe de Ataídes Menezes, encontrou o bichinho debaixo de uma lixeira na praça da quadra 202 de Santa Maria, a 40 km de Brasília, no Distrito Federal.
De acordo com o adolescente, o gatinho estava todo ensanguentado, sujo e com machucados no nariz.

“Era umas 8h. Estava indo embora com a minha avó quando comecei a ouvir miados meio baixos. Fui seguindo o som e vi que estava perto da lata de lixo. Tinha um saco embaixo da lixeira, aí eu levantei o saco e continuei ouvindo o miado. De repente, vi um rabo e a terra se mexendo. Fui tirando a terra e vi a filhote. Ela estava com medo”, disse Ricardo ao G1.

Mesmo sabendo que a mãe não queria um animal de estimação, Ricardo decidiu levar a gata para casa.
No caminho, passou em uma casa agropecuária junto com a avó, para pedir dicas sobre os cuidados a tomar com o animal.

Lá o menino comprou ração para alimentá-la e anti-séptico para passar nos ferimentos.
Depois dos “primeiros socorros”, Ricardo colocou a filhote em uma caixa e pediu à mãe para ficar com a gatinha.

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Apesar de ter ficado orgulhosa da ação do garoto, a produtora de eventos Aline Patrícia de Ataídes, de 32 anos, deixou claro que ele não poderia ficar com o animal.

“Falei para ele procurar um lugar para ela ficar, porque infelizmente a gente não tinha condição. Temos uma rotina puxada, a casa está em construção e não temos espaço. Ter um bichinho exige amor, responsabilidade, dedicação e tempo. Não temos condição de ficar com ela agora, até por ela mesmo, que não merece ficar presa dentro de casa”, disse a mulher.

O garoto decidiu então procurar a mãe de uma colega que mora na quadra ao lado e já cuida de outros cinco felinos.  Renata Duarte se dispôs a continuar com a gatinha até ela achar um dono. 

Ela acredita que a gatinha tenha entre 40 e 50 dias de vida.
O filhote foi acolhido por uma felina adulta, que a está amamentando. 

Uma amiga de Renata se candidatou a adotar o bichinho e o batizou de Amora. Ela deve levar a gatinha embora neste fim de semana.

A notícia deixou Ricardo triste. Nos últimos 12 dias, o garoto já esteve na casa da vizinha para visitar a gata quatro vezes.
O garoto disse que ficou bravo com a crueldade contra a gatinha.

“Mas depois me senti feliz por pelo menos ter ajudado. Eu gosto de animais de estimação, gostaria de ter um, mas quem eu queria mesmo por perto é a Amora. Ela é linda, queria ficar com ela”, contou ao G1.

“Eu não sei como as pessoas têm coragem de fazer essas coisas, nunca entendi. Os bichinhos não fazem nada a ninguém”, declarou.

O Código Penal diz que o crime de maus-tratos contra animais tem pena entre três meses e um ano de prisão. O acusado também pode ser multado pela prática.

Com informações do G1

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