A cirurgia durou cerca de nove horas e o útero doado veio de uma mulher falecida.
O órgão implantado foi conectado à vagina e ligado aos vasos uterinos.
Com a operação, mulheres com deficiência no órgão, ou que tiveram de removê-lo, poderão engravidar pelo menos uma vez na vida.
Após uma ou duas gestações, é preciso retirá-lo – se permanecesse lá, a mulher precisaria tomar remédios a vida inteira para evitar a rejeição do órgão.
A equipe liderada pelo médico Andreas G. Tzakis viajou até a Suécia, onde cirurgiões da Universidade de Gothenburg já haviam realizado nove transplantes temporários de útero.
Entre elas, quatro pacientes tiveram filhos saudáveis, ainda que tenham nascido prematuros. As outras cinco mulheres não conseguiram terminar a gestação.
Fecundação após o transplante
O processo todo começa meses antes.
Os óvulos precisam primeiro ser retirados cirurgicamente, fertilizados com espermatozoides masculinos e congelados.
Eles só voltarão a entrar em cena um ano após o transplante.
É o tempo necessário para o corpo se adaptar ao novo órgão, com a ajuda dos remédios anti-rejeição, e completar o processo de cicatrização.
Após esse período, o embrião pode ser inseminado – a fertilização acontece fora do corpo, in vitro.