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Japão tem um dos menores índices de obesidade do mundo. Por que?
8 de março de 2017
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Foto: Getty Images
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O baixo índice de obesidade no Japão está chamando a atenção do mundo.

O país oriental tem apenas 3,7% de obesidade na população adulta e é de longe a nação desenvolvida com as taxas mais baixas no planeta.

O Brasil tem 17,1% de obesos entre a população. Alemanha, França e Itália têm entre 21% e 22%, Reino Unido aproximadamente 26% e os Estados Unidos registram 33,6%, quase 10 vezes mais que o Japão.

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E isso acontece basicamente por 3 motivos: duas leis e uma cultura japonesa (veja abaixo)

Katrin Engelhardt, especialista em nutrição da OMS (Organização Mundial da Saúde), disse à BBC que no Japão existe um governo comprometido com políticas para manter o sobrepeso sob controle, investindo muito em programas de nutrição e educação para a saúde.

Todas essas medidas fazem parte de uma campanha nacional chamada “Saúde Japão 21”.

1 – Lei Shuku Iku, educa crianças

Shuku faz referência à comida, à dieta e ao ato de comer, enquanto Iku se refere à educação intelectual, moral e física.

Essa regra, de 2005, determina cardápios saudáveis nas escolas e contratação de nutricionistas profissionais que também tenham formação como professores para dar aulas específicas sobre alimentação.

Ela também estimulada as crianças a preparar alimentos nos colégios e transforma as salas de aula em uma espécie de restaurante para que os alunos sirvam uns aos outros e comam todas juntos.

A ideia é transmitir a mensagem de que “comer é um ato social”, diz Engelhardt.

2 – Lei Metabo, para controlar o peso em adultos

A Lei Metabo (de metabolismo) estimula adultos entre 40 e 75 anos a fazerem uma medição anual da circunferência abdominal. Essas medições são feitas pela administração pública e também por empresas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma circunferência de mais de 94 cm para homens e mais de 80 cm para mulheres traz mais risco de complicações metabólicas, como doenças cardiovasculares.

“Os empregadores têm um dia anual claramente identificado, quando todo o pessoal precisa medir a circunferência da barriga”, afirma a especialista da OMS.

Se as medidas não forem saudáveis, as empresas estimulam os empregados a participarem de sessões de apoio e a fazerem mais exercícios, com apoio das companhias.

Algumas inclusive têm ginásios ou quadras para que os empregados possam se exercitar facilmente na hora do almoço ou depois do trabalho.

O governo também estimula os funcionários a chegarem ao trabalho caminhando ou de bicicleta.

3 – Comida tradicional, porções pequenas

No Japão se dá muita importância à comida tradicional.

“A ênfase está na comida recém-preparada e produzida localmente”, destaca Katrin Engelhardt.

Os japoneses têm muito orgulho dos pequenos terrenos e das hortas urbanas onde produzem alimentos na forma natural.

Além disso há um fator cultural importante: historicamente o japonês prefere porções pequenas.

“Nos eventos familiares japoneses, na cozinha tradicional, são servidos muitos pratos em porções pequenas, cheias de vegetais e comida muito fresca”, explica Engelhardt.

Com informações da BBC

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