As paratletas brasileiras, que não tinham dinheiro pra ir à Itália, trouxeram ouro e bronze!
Janaína Dirlene de Oliveira, de 17 anos e Ingrid Conceição Lustosa, de 20, foram as grandes vencedoras do Mundial de Judô para Deficientes Intelectuais, no último fim de semana, em Ravena.
Janaína conquistou a medalha de ouro. Ingrid trouxe o bronze.
Elas voltaram esta semana para o Brasil e foram recebidas com festa no Aeroporto Internacional de Brasília.
As jovens estudam no CID (Centro de Iniciação Desportiva) de Samambaia, a 35 km de Brasília, escola pública que ensina modalidades esportivas no contraturno escolar.
As brasileiras foram as únicas atletas mulheres brasileiras na competição. Também foi a primeira vez que de uma Sensei mulher – instrutor de arte marcial – no mundial Ana Paula Caracelli (foto acima).
Foi a primeira vez que a região Centro-Oeste participou do mundial.
História
As jovens precisavam de 8 mil reais para bancar a estadia no local, como divulgou o SóNotíciaBoa na época – veja aqui.
Como não tinham dinheiro, fizeram uma vaquinha eletrônica.
Como não conseguiram o valor até o dia da viagem, amigos, parentes, professores, a coordenação regional de ensino e o governo do Distrito Federal ajudaram a realizar o sonho das meninas.
“Fiz uns ofícios, pedi a empresários, professores, fizemos rifas nas escolas, um médico doou os passaportes, diretores de escolas também doaram, a secretaria de esportes deu as passagens aéreas, contou a pedagoga Isabelmile Militão, servidora da secretaria de Educação do Distrito Federal, em entrevista ao SóNotíciaBoa.
A competição
A XV edição do evento, que usa o esporte como integração, foi nos dias 11 e 12 de Maio.
Participaram 130 atletas com deficiência intelectual, de 15 países.
A delegação brasileira foi representada por 7 atletas: duas são do Distrito Federal, Janaína e Ingrid.
Elas lutaram contra a Eslovênia, Alemanha, Itália, Rússia Espanha e Holanda.
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa