Uma iniciativa de inclusão que soma reinserção, oportunidade e a vontade de ajudar pessoas que ainda tem força produtiva e precisam de uma chance.
Os sócios da marca Pano Social tiveram uma ideia no fim de 2015 de empregar ex-detentos.
Natacha Lopes Barros, 39, produtora executiva de moda, e o designer Gerfried Gaulhofer, 44, já contrataram entre seus funcionários seis ex-detentos, todos vindos do Projeto Segunda Chance da ONG AfroReggae.
A empresa funciona como um projeto social com produtos (camisetas, ecobags e aventais) feitos de algodão orgânico e pretende aumentar o número de matérias primas orgânicas ainda não produzidas no Brasil.
Primeira chance
Paulo Tadeu Silva, de 64 anos foi o primeiro funcionário a ser contratado.
Ele havia passado 29 anos em reclusão e já possuía experiência em corte e costura.
Hoje costuma chamar a equipe de “família”.
“A gente não se trata como empregado, patrão, nós somos iguais em todos os sentidos. Me sinto mais valorizado como pessoa”, diz ele para o Projeto Draft.
Com o emprego fixo, Paulo já tem casa própria e uma chácara, (onde começou a plantar produtos orgânicos), além de poder aprimorar diariamente seu talento em costura e modelagem.
A empresa
A Pano trabalha com a produção da própria grife e também confecciona produtos para marcas e instituições — como o Greenpeace, Korin e C&A.
Para a atender a estes pedidos maiores, a empresa contrata costureiros terceirizados.
As camisetas da Pano podem ser compradas online, no site da empresa, por preços que partem de 66 reais e vão até 150 reais.
A ONG ajuda na inclusão de pessoas saem do sistema prisional para o mercado de trabalho em parceria com a Funap – órgão que desenvolve programas sociais para presos e ex-detentos – e também através da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), por meio da SERT.
Veja um vídeo sobre o trabalho da marca:
Com informações do RPA