Ela é uma das primeiras empreendedoras com síndrome de down do país a abrir o próprio negócio.
Jéssica Pereira tem apenas 25 anos e está abrindo neste sábado, 15, um pequeno café e restaurante no Cambuci, na região central de São Paulo.
Para realizar o sonho, ela contou com economias guardadas durante cinco anos em uma poupança da Caixa.
O dinheiro Jéssica ganhou em apresentações de teatro e em pequenos trabalhos de atendente.
Mas a maior parte dos recursos veio da aposta familiar no sonho de mais independência para a vida da cozinheira, que aprendeu quase tudo com a mãe, Ivânia Della Bella.
“Minha irmã, Priscila, e meu cunhado, Douglas, desistiram de comprar uma casa para eles e me ajudaram com o dinheiro que faltava.
Eles são meus amores e meus sócios”, diz a empreendedora, que é metódica, disciplinada, apaixonada por novelas e fã do ator Mateus Solano.
Formação
Jéssica estudou no Instituto Chefes Especiais, que treina e encaminha pessoas com deficiência intelectual para o mercado de trabalho.
Ela vai comandar a cozinha do Bellatucci Café, mas pretende recepcionar cada um dos clientes, porque adora o contato com o público e servir as pessoas.
Ao lado dela, vão trabalhar outras quatro pessoas com down, que terão jornadas de quatro horas.
A família da garota ficará na retaguarda.
Gentilezas
“Quero falar obrigada para cada um que vier aqui. Gosto de gentilezas, de pedir por favor, com licença.
Chamei apenas amigos para trabalharem comigo para ter um ambiente de muito amor”, comemora a chefe Jéssica.
No cardápio especial dela estão uma panqueca com massa de café e o nhoque de mandioquinha, os principais atrativos do local.
A casa tem cadeiras na cor azul clarinho, mesas brancas e paredes cor-de-rosa.
O Bellatucci Café fica na rua Hermínio Lemos, 372, e vai abrir de segunda a sexta-feira das 8h às 18h e, aos sábados, das 9h às 14h.
Outra casa
Há pouco mais de um mês, a cidade de São Paulo ganhou o primeiro café, na rua Augusta, na região dos Jardins, também comandado por pessoas com síndrome de Down, o Café Chefes Especiais.
Com informações da Folha e SóNotíciaBoa