Alunas da Escola Politécnica da USP, que fizeram um vídeo sobre machismo e bombaram nas redes sociais, foram convidadas para participar de uma conferência da ONU Mulheres.
O evento será em Nova York, no fim deste ano.
No vídeo, as seis alunas protestam contra o machismo que enfrentam na faculdade.
A ideia da gravação nasceu em 2017, quando os alunos organizavam o IntegraPoli, competição responsável pela recepção dos calouros.
Uma das atividades foi o remake do clipe Survivor, da cantora Clarice Falcão.
Beatriz Bessa, aluna do terceiro ano de engenharia elétrica, disse que a ideia surgiu porque o evento tinha tradição machista:
“Existiam muitas situações difíceis. Em um dos anos os veteranos fizeram as calouras lavarem carros de roupas brancas”, lembra.
Com o crescimento dos movimentos feminista, negro e LGBT, opressões do tipo passaram a ser delatadas:
“A comissão organizadora criou um canal direto com representantes de cada centro acadêmico para que pudéssemos fazer reclamações, ca acontecesse algo”, afirma Bessa.
ONU
O sucesso estrondoso do vídeo fez com que as alunas fossem chamadas por um órgão da universidade, o USP Mulheres, para participarem do encontro anual da ONU.
Segundo Bessa, todo ano as integrantes desse setor da faculdade participam do encontro.
O problema agora é que o USP Mulheres disponibilizou verba para mandar apenas uma das jovens para os Estados Unidos: “A delegação realmente não tinha como patrocinar mais meninas”, afirma Bessa.
A escolhida foi a idealizadora do projeto, Nathalia Sadocco.
Vaquinha
Então elas organizaram uma ‘vaquinha’ para que todas possam ir à conferência da ONU.
“Essa é uma oportunidade única, na qual poderemos encontrar presidentes e reitores de universidades do mundo todo”, conta Beatriz.
Para ajudar as brasileiras a participarem do encontro na ONU, entre na ‘vaquinha’ disponível online.
Elas já arrecadaram 10 mil, dos 40 mil reais que precisam até o dia 10 de setembro.
Assista ao protesto das estudantes:
Com informações da Revista Galileu