Chegar aos 76 anos com a forma física que Ney Matogrosso mostrou nesta 6ª feira no Rock’n Rio é para poucos… e de fazer inveja a muitos.

Magro, definido e cheio de energia, Ney assumiu o que muitos artistas não fazem mais: as marcas do tempo!

Ele envelheceu naturalmente, sem preconceito com a idade, nem artifícios para disfarçar as marcas de uma história de sucesso… começando pelos cabelos!

Famoso desde a década de 70 com a banda Secos & Molhados, quando quebrou estigmas e paradigmas, Ney abriu mão de implantes capilares da moda, das tinturas e assumiu a careca, cheia de fios brancos.

Também assumiu as rugas e manchas no rosto – que surgem com a idade – e passou longe das plásticas e da febre do botox.

Repare que ele mantém até hoje uma de suas marcas registradas: os dentes incisivos superiores separados.

Ney Matogrosso não entrou na onda de usar aparelho para unir os dentes e deixar todo mundo com sorriso igual.

Também não se deixou seduzir pela plástica dentária – para deixar todos os dentes perfeitos – nem fez aqueles clareamentos artificiais, mais brancos que “OMO total radiante”.

Em vez de vaidade, Ney esbanja sua própria verdade.

É o que se chama envelhecer bem, mas no caso dele, com sensualidade e jovialidade.

Rock’n Rio

Ele cantou nesta sexta-feira no Rock’n Rio com a banda Nação Zumbi.

Durante a apresentação foram relembrados sucessos dos Secos & Molhados, como adiantou o SóNotíciaBoa.

Um dos momentos mais emocionantes foi a interpretação de Rosa de Hiroshima, justamente num momento em que o mundo vive uma nova ameaça de ataque nuclear por parte da Coreia do Norte.

A interpretação carregada de emoção de Ney Matogrosso foi de arrepiar.

Isso infelizmente não se repetiu durante todo o show. Uma pena não ter casado bem a voz de Ney com a do vocalista Jorge Du Peixe, do Nação Zumbi.

Ney e Jorge Du Peixe – Foto: Fábio Tito / G1

Carnívoro

Voltando à belíssima forma física do intérprete, quem pensa que ele mantém aquele corpão à base de frutas, verduras e legumes, se engana.

Ele assume que é carnívoro, mas não se sente à vontade com a condição. Disse que gostaria de comer menos carne.

“Eu acho errado matar os animais para comer. Se eu criar um bicho, não consigo matar para comer. Um dos traumas da minha vida é esse. Eu tive um pintinho que eu ganhei, criei e virou um galo lindo, branco. Um dia, cheguei em casa e procurei, ‘cadê meu galo?’. Tava na panela e meu pai me fez comer”, contou ao GNT.

O cantor confessou que come de tudo, inclusive sorvete, mas depende do dia.

“Eu controlo muito o meu peso. Eu acordo, me peso nu e aí eu entendo se naquele dia eu posso me exceder, comer doce, tomar sorvete, sabe?”.

Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa