Uma nova pesquisa da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, revela que o alho poderia afastar as superbactérias que provocam a chamada infecção hospitalar.
Os pesquisadores descobriram que uma substância chamada ajoene suprime um gene particular que leva à destruição do “biofilme” bacteriano, que é necessário para as bactérias se manterem no tecido humano.
Embora isso não mate bactérias, impede que elas se comuniquem com outros micróbios, o que precisam fazer para se multiplicarem.
Isso permite que os antibióticos e o sistema imunológico do corpo combatam as infecções de forma mais eficaz.
A descoberta foi publicada na revista Nature Scientific Reports.
Droga à base de alho
“Realmente acreditamos que a descoberta pode levar ao tratamento dos pacientes com infecções crônicas como a fibrose cística. Agora, juntamente com uma empresa privada, temos conhecimentos suficientes para desenvolver a droga com alho e testá-la em pacientes”, garantiu o autor do estudo, professor Tim Holm Jakobsen.
“Os dois tipos de bactérias que estudamos são muito importantes. Eles são chamados Staphylococcus aureus e pseudomonas aeruginosa. O composto de alho é capaz de lutar de uma só vez e, portanto, pode ser um medicamento eficaz quando usado junto com antibióticos”.
Poderes do alho
A descoberta sobre os poderes de cura do alho se baseia em estudos de 2005.
Estudos anteriores também descobriram que o alho parece oferecer a mais poderosa e natural resistência às bactérias.
Em 2012, os pesquisadores conseguiram a patente sobre o uso de ajoene para combater infecções bacterianas, em parceria com a empresa farmacêutica Neem Biotech, que mais tarde comprou a licença.
Fibrose cística
Cerca de 30 por cento das pessoas carregam a bactéria Staphylococcus aureus, que é responsável pelo MRSA resistente a antibióticos, na pele ou no nariz, que podem invadir a corrente sanguínea e liberar toxinas venenosas que matam até um quinto dos pacientes.
Os cientistas esperam que a descoberta possa combater a fibrose cística incurável e feridas crônicas em pacientes com diabetes, além de atacar o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e outras infecções hospitalares comuns.
A droga, NX-AS-401, pra tratar pacientes com fibrose cística, deve ser testada em estudos clínicos nos próximos dois anos.
Com informações do Daily Mail