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Malala vai patrocinar educação de meninas no Brasil
10 de julho de 2018
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Malala em São Paulo - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Malala em São Paulo - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Malala Yousafzai anunciou que vai ajudar meninas brasileiras a estudar.

Para isso ela escolheu três jovens que vão integrar a Rede Gulmakai, uma iniciativa do Fundo Malala que patrocina homens e mulheres que incentivam ou promovem a educação de meninas em vários países.

Depois de investir recursos em projetos no México, Afeganistão, Líbano, Índia, Nigéria, Paquistão e Turquia, a fundação dela chega Brasil.

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O anúncio foi feito nesta terça-feira, 10, em São Paulo, um dia depois de uma palestra que ela deu num evento sobre educação do Banco Itaú, que reuniu ativistas e educadores de todo o Brasil.

“Estou aqui por que há 1,5 milhão de meninas fora da escola e quero garantir que todas tenham acesso à educação” disse.

História

Em 2012, Malala foi vítima de um atentado do Talebã por insistir em ir à escola, atividade que lá é proibida para meninas.

Desde então, ela criou uma organização para incentivar a educação de meninas em todo o mundo, e em 2014 se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz.

As três brasileiras que vão coordenas as turmas no nosso país são de Pernambuco, Bahia e São Paulo:

  • Sylvia Siqueira Campos (Pernambuco): presidente do Movimento Infanto-juvenil de Reivindicação (Mirim), com sede em Recife. O movimento foi criado em 1990 e tem como objetivo “defender e promover os direitos humanos com foco na infância, adolescência e juventude, a fim de combater as desigualdades, estimular a cidadania ativa e radicalizar a democracia”. Segundo o Fundo Malala, Sylvia participa do movimento desde que tinha 13 anos e, hoje, é a presidente do Mirim.
  • Ana Paula Ferreira de Lima (Bahia): uma das coordenadoras da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), criada em 1979 para “promover e respeitar a autonomia cultural, política e econômica e o direito à autodeterminação dos povos indígenas”. Ana Paula já foi professora e agora atua para aumentar o número de meninas indígenas que terminam os estudos na Bahia, além de treinas 60 garotas indígenas para se tornarem jovens ativistas.
  • Denise Carreira (São Paulo): é coordenadora adjunta da Ação Educativa, uma organização fundada em 1994 para “promover os direitos educativos e da juventude, tendo em vista a justiça social, a democracia participativa e o desenvolvimento sustentável no Brasil”. Segundo o Fundo Malala, atualmente ela desenvolve um curso online para treinar professores em temas relacionados à igualdade de gênero, além de produzir um relatório sobre a violência e a discriminação de gênero na educação.

Educação igualitária

Em um comunicado divulgado nesta terça, Farah Mohamed, CEO do Fundo Malala, afirmou que “o Brasil está fazendo progressos para as meninas, mas apenas para algumas meninas”.

“Garantir acesso igualitário à educação requer liderança ousada e ágil. É por isso que temos orgulho de investir nessas três ativistas, cujo trabalho para desafiar os líderes e mudar as normas já está ajudando a criar um futuro melhor para todas as meninas brasileiras”, disse Farah.

Agora, as três brasileiras integrarão a Rede Gulmakai, batizada por uma inspiração antiga: Gulmakai era o pseudônimo que Malala usava quando tinha apenas 11 anos e escrevia um blog em Urdu para a BBC sobre os desafios que as garotas enfrentavam para conseguir estudar no Vale do Swat, sua terra natal no Paquistão, que caiu sob o domínio do Talebã.

Com informações do G1 e Exame

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