A felicidade é o segredo no tratamento contra a demência.
Uma nova terapia usando memórias felizes está sendo aplicada em casas terapêuticas da Holanda de forma pioneira. E com sucesso.
Viagens virtuais, danças, músicas, trabalhos simples e recriação de ambientes do passado estão ajudando pacientes diagnosticados com a doença.
“A ideia é desafiar o paciente de maneira positiva. Deixá-los na cadeira, passivos, faz a doença progredir muito mais rápido”, explicou Erik Scherder, neuropsicólogo da Universidade Livre de Amsterdã, em entrevista ao The New York Times.
Menos estresse, mais alegria.
A ideia é reduzir o estresse desses pacientes e provocar as lembranças felizes. Na casa Sensire Den Ooiman, em Doetinchem, há um passeio de ônibus virtual.
O trajeto é feito por lindas estradas rurais planas e arborizadas do interior holandês. A simulação acontece várias vezes ao dia em três telas de vídeo.
A técnica cria um ponto de encontro para os pacientes e a experiência compartilhada permite que eles falem sobre viagens passadas, trazendo à tona memórias antigas, boas e façam um “mini feriado” de suas rotinas diárias.
“Quanto mais estresse for reduzido, melhor. Se você pode diminuir o estresse e o desconforto, isso tem um efeito fisiológico direto”, diz Erik Scherder.
Trabalhar
Residentes desses centros de atendimento têm seus próprios quartos e ajudam nos trabalhos da casa.
Eles fazem tarefas simples, como descascar batatas e lavar a salada.
Nessas casas, geralmente há uma sala de estar comum e uma cozinha, onde os moradores se socializam e fazem esses trabalhos para se sentirem úteis.
A demência
A demência manifesta-se num declínio acentuado das funções cerebrais.
A condição rouba memórias e personalidades.
Segundo o jornal The New York Times, até 270 mil holandeses – cerca de 8,4% dos 3,2 milhões de moradores com mais de 64 anos – sofrem da dença.
Nos últimos anos, o governo holandês preferiu oferecer e pagar pelo atendimento domiciliar aos pacientes.
As instalações de gestão privada com financiamento público são geralmente reservadas para pessoas em estado avançado da doença.
Com informações da Galileu/New York Times