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Brasil cria farinha de bambu: saudável e rica em nutrientes
19 de setembro de 2018
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Foto: Antonio Scarpinetti/Unicamp
Foto: Antonio Scarpinetti/Unicamp

Uma farinha rica em nutrientes e fibras, com pouco carboidrato, 50% menos açúcar e gordura, foi criada por pesquisadores brasileiros.

Ela desenvolvida pela equipe da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, em São Paulo, para ser usada no preparo de macarrão, biscoitos e bolachas mais saudáveis.

A farinha tem vantagens nutricionais, quando comparada às farinhas de trigo, de milho ou de mandioca, como afirmam Maria Hermínia Felisberto e Maria Teresa Clerici, que fazem parte da equipe da Unicamp.

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“Este ingrediente, feito à base de colmo jovem do bambu, possui apenas 24 g de carboidratos em relação aos 82 g da farinha de milho, por exemplo. Outro diferencial é a quantidade de fibras – são 50 g encontrados [na farinha de bambu], contra apenas 1,9 g na composição da farinha de mandioca,” disse Maria Teresa.

“[O broto de bambu] auxilia na redução dos níveis de colesterol e também tem propriedades anticarcinogênicas. A partir daí, descobrimos que o colmo jovem do bambu também é comestível e apresenta compostos benéficos à saúde, com fibras de excelente qualidade para a alimentação humana,” disse Maria Teresa.

Biscoitos e massas

Sua farinha, quando usada no preparo de biscoitos, a farinha de bambu reduziu em 50% o açúcar e a gordura em comparação com as farinhas tradicionais.

A vida útil da bolacha também foi ampliada, uma vez que seu armazenamento não necessitou de condições especiais para manter-se apropriada ao consumo.

Outra vantagem é que a fibra de bambu não compromete o sabor ou a coloração do produto, portanto, é ideal para as massas alimentícias.

Essas características fazem com que o sabor seja semelhante ao dos biscoitos encontrados no supermercado, conforme testado pela pesquisadora Amanda Rios Ferreira, que também aplicou a farinha no preparo de massas tipo fettuccine.

Na massa, a semolina foi substituída pela farinha desenvolvida no laboratório.

O resultado foi positivo. Houve redução do índice glicêmico e aumento da quantidade de fibras, o que produziu um macarrão mais saudável.

Fabricação

A farinha de bambu ainda não está à venda.

Para que possa chegar ao mercado, faltam os testes finais.

A equipe de pesquisadores espera atrair empresas interessadas em viabilizar esses testes finais para a fabricação da farinha de bambu em escala industrial.

Com informações do Diário da Saúde

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