A Chanel anunciou esta semana que vai banir o uso de couros exóticos como crocodilo, lagartos, cobra e arraia, além de pele de animais em suas coleções.
A decisão já refletiu no desfile desta terça-feira, 4, no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, onde a Chanel apresentou a coleção Metiers d’Art. O material das roupas, que parecia couro de lagarto, na verdade era feito de abacaxi, o chamado couro vegano.
Bruno Pavlovsky, presidente da grife, citou a dificuldade em garantir fontes éticas e responsáveis destes materiais, que seguissem seus padrões de qualidade.
Ele informou que a Chanel agora vai voltar toda a sua pesquisa para o desenvolvimento de tecidos e couros gerados pela indústria agri-food, que cuida da produção de alimentos pela agricultura em vez de fazer caça, pesca e afins.
A decisão pegou a indústria de surpresa: o movimento pelo fim do uso de couros exóticos na moda tem tido menos destaque se comparado com a campanha pelo fim do uso de pele animal pelas marcas.
Comemoração
Segundo a PeTA, uma organização de proteção dos animais, muitas vezes estes materiais vem de fontes ilegais.
A ONG comemorou a decisão da grife francesa e disse que o anúncio é um bem-vindo, um estímulo para outras grandes grifes seguirem na mesma direção, como aconteceu com o uso da pele.
No último ano, Versace, Burberry, Gucci, Coach e diversas outras marcas vem assumindo o compromisso fur free – livre de peles.
Além da dificuldade de manter seu padrão de qualidade em couros e garantir fontes éticas, a decisão da Chanel está perfeitamente alinhada com um novo perfil de consumo, pelos millenials e pela geração-Z, que prefere consumir de forma sustentável, buscando informações sobre a produção do que consome.
Segundo Pavlovsky, o futuro dos produtos de luxo da Chanel virá dos ateliês da grife.
Com informações da Vogue e Glamurama
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