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Cérebro produz neurônios na velhice: esperança contra Alzheimer
20 de abril de 2019
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Foto: Pixabay
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Uma descoberta pode revolucionar o tratamento com novas terapias contra o Alzheimer.

Cientistas da espanhóis, do Departamento de Biologia Molecular da Faculdade de Ciências de Madri, descobriram que o cérebro é capaz de produzir neurônios mesmo na velhice.

Na pesquisa divulgada pela a Revista Nature foram analisadas amostras de tecido cerebral de pessoas que já haviam morrido, todas com idades entre 43 e 87 anos.

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Os pesquisadores notaram a presença de neurônios recém-nascidos e uma pequena variação da neurogênese, processo pelo qual nosso neurônio é produzido.

A pesquisa se concentrou em analisar o hipocampo, a área da massa cinzenta, responsável por guardar e recuperar nossas memórias e também, a região mais afetada pelo Alzheimer.

É graças a ele que lembramos dos nossos pratos favoritos da infância, da sensação de começar um novo ano escolar ou de como foi incrível a primeira excursão com os colegas de classe.

Testes

Para analisar como a neurogênese se dá entre os adultos e idosos que sofrem com essa doença cognitiva, os estudiosos da Espanha também analisaram pedaços do hipocampo de indivíduos entre 52 e 97 anos de idade que tinham o problema quando estavam vivos.

Como era de se esperar, eles apresentavam uma queda acentuada e progressiva na geração de novos neurônios.

O desafio da ciência é descobrir maneiras de reverter esse declínio e, consequentemente, frear o Alzheimer.

As principais terapias estudadas até agora focam em impedir o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro de pessoas com a doença.

Ela se amontoa em grandes quantidades na massa cinzenta e impede a comunicação entre os neurônios, além de contribuir para a morte deles.

Até agora, nenhum medicamento desenvolvido foi bem-sucedido.

Os cientistas espanhóis acreditam que esse novo trabalho chama atenção para o que outras pesquisas já vêm alertando: é preciso mudar o alvo.

Talvez o caminho para vencer o Alzheimer não seja bloquear a beta-amiloide, mas encontrar alternativas.

Para isso, é essencial seguir investigando o que acontece no nosso cérebro.

Com informações da Super

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