O estresse profissional não é brincadeira, nem mimimi, por isso a OMS, Organização Mundial da Saúde reconheceu a ‘Síndrome de Burnout’ como doença.
A notícia boa é que isso poderá ajudar não só a reconhecer o diagnóstico como a regulamentar a síndrome como doença ocupacional.
“Pra mim foi uma das melhores notícias dos últimos tempos porque traz um pouco de respeito para falar sobre o assunto”, disse em entrevista ao SóNotíciaBoa a jornalista Izabella Camargo, que enfrenta a síndrome e faz palestras de conscientização sobre o Burnout.
“Agora a OMS reconhecendo a ‘Síndrome de Burnout’ como uma doença ocupacional grave, estresse crônico, o paciente não vai ser enquadrado sob nenhuma hipótese fora do ambiente profissional, ele vai ter mais chances de recorrer não só juridicamente, mas com seus planos de saúde e vai ter esse acolhimento que falta na sociedade”, afirmou.
Se você já teve nervosismo, dor de barriga, cansaço, tontura e falta de apetite em uma situações de estresse no trabalho, já sentiu alguns sintomas da síndrome de burnout’.
Se isso virar rotina e seu trabalho for o gatilho pra tudo isso, opa, é hora de se preocupar e procurar ajuda.
O que é
O ‘burnout’, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, é uma analogia com a combustão, com utilizar a gasolina de um carro até esgotar o tanque, por exemplo.
A doença é caracterizada como uma síndrome ocupacional, quando você se vê exaurido por conta de situações vividas no ambiente profissional – excesso de cobranças, competitividade, acúmulo de responsabilidades.
Policiais, professores, jornalistas, médicos e enfermeiros estão entre as profissões mais afetadas por essa pane física e mental.
Pesquisa
A prevalência do problema no mundo é incerta. Mas tudo indica que a situação no Brasil não é das melhores.
A International Stress Management Association (Isma-BR) estima que 32% dos trabalhadores brasileiros sofram com esse tipo de stress.
Em um ranking de oito países elaborado pela Isma-BR, estamos à frente da China e dos Estados Unidos – e perdemos apenas para o Japão, onde 70% da população apresenta os sintomas do burnout.
OMS
Dá para entender porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o transtorno, pela primeira vez, na Classificação Internacional de Doenças, que lista enfermidades e estatísticas de saúde que serão prevalentes nos próximos anos.
A OMS descreve o burnout como “uma síndrome resultante de um stress crônico no trabalho que não foi administrado com êxito”.
A entidade também afirma que o termo se refere apenas ao contexto profissional.
Sintomas
O estresse por outras causas – como problemas financeiros ou familiares – não deve ser classificado dessa forma.
Nem sempre os sinais do burnout se manifestam de forma intensa.
O mais típico é a ausência de vontade de sair de casa para trabalhar.
Conforme a doença evolui, outros sintomas físicos e psicológicos dão as caras. Entre eles:
- Dor de cabeça frequente
- Insônia
- Falta de concentração
- Sentimento de fracasso e insegurança
- Alterações repentinas de humor
- Pressão alta
- Dores musculares
- Problemas gastrointestinais
- Alteração de batimentos cardíacos
- Depressão (em casos mais graves)
Diagnóstico
Só um profissional especializado – psiquiatra ou psicólogo – pode cravar se o quadro é mesmo de burnout.
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é o órgão do SUS indicado para diagnosticar e tratar pacientes com a síndrome.
Tratamento
Psicoterapia é o mais comum.
Em alguns casos, medicamentos antidepressivos e ansiolíticos são indicados.
Praticar exercícios e fazer atividades de lazer ajudam a aliviar a tensão.
Tirar férias também.
Assista ao vídeo que a Izabella Camargo postou sobre o assunto no Instagram:
Com informações da Superinteressante
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