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Cães terapeutas fazem menino autista voltar a conversar
24 de junho de 2019
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Foto: Paula Resende/ G1|Equipe do Bichoterapeutas Foto: Paula Resende/G1
Foto: Paula Resende/ G1|Equipe do Bichoterapeutas Foto: Paula Resende/G1

Cães terapeutas estão fazendo a diferença em Morrinhos, Goiás.

Raylon Lomeu, um dos 12 pacientes atendidos pelos Bichos Terapeutas, começou a falar após participar do projeto.

Os cães Nino, Thor e Tacha participam de sessões de fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia na rede pública.

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Os cachorros ajudam crianças e adultos durante sessões de fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia realizadas na rede pública, em Morrinhos, na região sul de Goiás.

“Com a presença do cão, a gente consegue que ele se comunique, fale com a gente, dê respostas, faça perguntas, coisas que não fazia. A criança fica mais espontânea, à vontade. Foi um resultado incrível”, afirma a fonoaudióloga Meiriely Duarte Silveira, responsável pelo tratamento.

Pai de Raylon, José Ricardo Dias Lomeu espera uma evolução constante do filho.

“Eu me sinto confiante que ele vai melhorar sempre. Cada dia uma coisa que ele faz é uma conquista para nós. Espero que seja independente, consiga se defender”, disse.

Professora do curso de zootecnia do Instituto Federal Goiano, Aline Camargos criou o projeto em 2014 e, desde então, 30 pessoas já foram atendidas pelos bichos — uma maritaca também compõe o time. Atualmente, 12 pacientes fazem terapia com os animais, uma vez por semana.

O tratamento dura, no mínimo, seis meses.

Os resultados surpreendem alunos e professores que desenvolvem o projeto.

“Os animais entram acelerando o processo de ganho de saúde. Me sinto realizada de ver o ganho dos pacientes e, não só dos pacientes, percebo que os alunos que eu trago evoluem muito como cidadãos. A gente percebe que o aluno que está ajudando é alguém que também precisava de ajuda”, destaca Aline.

Seleção dos cãoterapeutas

Para participar do projeto, os animais precisam ser aprovados, inicialmente, pelo veterinário Flávio Barros Costa.

“Os calendários vacinal e preventivo, tanto de verminose quanto de ectoparasita, têm de estar atualizados para que, entrando em contato com os pacientes, os cães não levem nenhuma zoonose ou doença. É um acompanhamento ininterrupto”, afirma.

Além dos testes de sanidade, os bichos também passam por avaliações comportamentais.

“A partir do resultado do hectograma, a gente vai entender o quanto o cão gosta do contato com o ser humano, o quanto é receptivo a outras técnicas, o aprendizado de truques e adestramento”, explica a coordenadora do projeto.

Aline ressalta que, para os animais atenderem bem, é necessário que eles estejam bem.

“O bem-estar desses animais que atuam como co-terapeutas é bem importante para a gente. Eles só podem participar de três sessões de 30 minutos por dia. A gente não pode ultrapassar esse limite porque o animal cansa e, quando está cansado, estressado, ele começa a ter outras reações que diferem do comportamento natural deles”, explica.

“A gente tem a segurança que os cães estão gostando dos atendimentos”, completa a professora.

Equipe do Bichoterapeutas Foto: Paula Resende/G1
Equipe do Bichoterapeutas Foto: Paula Resende/G1

 

Com informações do G1

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