Pela primeira vez o Brasil – em conjunto com outros sete países da América e Europa – vai testar uma vacina preventiva contra HIV em humanos.
A vacina, chamada de Mosaico, entrou na fase final de testes e será aplicada ainda este ano.
O anúncio foi feito esta semana em uma conferência internacional no México.
A eficácia da vacina será avaliada em 3.800 voluntários de grupos considerados vulneráveis a contraírem o vírus.
São homens e pessoas transexuais que mantêm relações sexuais com outros homens e transexuais e que tenham idades entre 18 e 60 anos.
Como
No período de um ano, o grupo receberá quatro doses da vacina, que reúne uma seleção de subtipos do HIV para induzir respostas imunológicas contra a maior parte das variações do vírus presentes no mundo.
As duas primeiras doses utilizam um composto criado a partir de um vírus de resfriado modificado e que não causa a doença para entregar quatro substâncias que induzem respostas imunológicas.
As outras duas doses são elaboradas com proteínas do envelope viral de dois tipos de HIV.
História
Os estudos do Mosaico começaram há 15 anos em macacos.
“Estamos comprometidos em garantir que os resultados dos testes de vacina contra o HIV sejam generalizáveis para as populações que carregam o maior fardo da infecção pelo HIV”.
Palavras de Susan Buchbinder, presidente do protocolo Mosaico e diretora do Bridge HIV no Departamento de Saúde Pública de São Francisco, nos EUA.
A fase 2 de testes já está ocorrendo na África do Sul, Malawi, Moçambique, Zimbábue e Zâmbia.
Estudos anteriores foram realizados nos Estados Unidos, Tailândia e outros países africanos.
Com informações do Catraca