A USP, Universidade de São Paulo, anunciou esta semana que o Brasil terá em breve um banco de células-tronco induzidas que poderá tratar doenças de 90% da população do País, como o Parkinson.
Nesse banco, as células são retiradas de indivíduos adultos e manipuladas por técnicas genéticas específicas que as tornam pluripotentes, ou seja, para que se transformem em qualquer tecido do corpo humano.
Além de induzidas à pluripotência, as células-tronco da coleção – que já está sendo criada – serão compatíveis com a maioria dos brasileiros, porque vêm de indivíduos que possuem um tipo de sistema imunológico mais comum.
Para isso, os pesquisadores analisaram o perfil genético para o sistema imunológico de quase quatro milhões de brasileiros, com informações do Redome, Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea.
Eles também já identificaram as pessoas ideais para a coleta das células.
Parkinson
A ideia da terapia com células-tronco é gerar um tecido compatível que possa ser transplantado para um paciente e consiga regenerar algum órgão doente.
O ideal seria fazer um tecido para cada paciente e se ele tiver Parkinson, por exemplo, produzir neurônios e transplantá-los para essa pessoa, mas essa terapia personalizada que resolveria a questão da compatibilidade seria muito demorada e cara.
[Por isso] “A ideia dessa coleção de células induzidas compatíveis é a gente achar brasileiros que tenham um sistema imunológico mais comum com o da nossa população e fazer células desses indivíduos que sejam compatíveis com um numero de grande de pessoas, para que quando elas tiverem a doença a gente já tenha essa células prontas, facilitar e baratear as terapias baseadas nelas”, afirmou Lygia da Veiga, chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE), da USP.
Iniciativa mundial
O futuro banco de células-tronco brasileiro é uma iniciativa mundial para que essas terapias sejam aplicadas em benefício de pacientes de todo o planeta.
Há cerca de três anos, o Brasil é parceiro da Aliança Global para Terapias com Células-Tronco Pluripotentes Induzidas.
E banco brasileiro de células-tronco deve levar mais alguns anos para ficar pronto.
“Nosso projeto tem um cronograma no qual a gente tem que fazer isso em três anos. Este é o nosso prazo, mas a ideia é que a gente tenha num prazo de três a cinco anos essa biblioteca de células pelo menos iniciada, senão completa”, concluiu a pesquisadora.
Com informações do JornalDaUsp
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