Aos 78 anos de idade, Ney Matogrosso mantém o corpo jovem, a mente ativa, criativa, produzindo e encantando plateias Brasil à fora, com sua música, sensualidade e carisma.
Os segredos dessa jovialidade, energia e alto astral à beira dos 80 anos, ele revelou em entrevista ao jornalista Rinaldo de Oliveira – na Live do SóNotíciaBoa no Instagram, nesta segunda, 16, direto de Natal, onde faz show nesta terça. (assista na íntegra abaixo)
Integrado com a natureza
Ney falou da ligação forte que tem com a positividade e com a natureza, desde a época da adolescência em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
“Fazemos parte dela. Nós e ela somos uma coisa só, tá tudo vivo… As pessoas se distanciaram muito desse contato com a natureza… eu sei que tem criança que nunca viu uma galinha viva. Isso é uma loucura”, afirmou.
Saúde
Sobre o corpo sarado, o cantor revelou que não tem uma alimentação especial, mas disse que se cuida para manter a forma física.
“Tem uma questão genética, que eu não posso negar…. eu faço ginástica todo dia, gosto de pegar peso, faço alongamento, misturo outras tendências, não faço só musculação, não”.
Outro segredo dele é não exagerar na comida.
“A grande coisa que eu faço a meu favor é comer pouco. Eu gosto de comer muito pouco. Eu não preciso de um prato cheio de comida. Eu não como açúcar, não gosto de açúcar. Não gosto de sal em excesso. Prefiro comida quase sem sal e açúcar quando eu quero, eu como, mas eu como uma colher de doce e estou satisfeito”.
“Eu sou regrado comigo mesmo, não é pensando em nada disso, é procurando ter o mínimo de interferência na minha saúde”.
A idade
Ney mostrou que se aceita bem do jeito que é e que não pensa em fazer plástica. Disse que até hoje só mexeu nas pálpebras para tirar o olhar cansado, pesado.
Sobre a perda dos cabelos, ele contou que após o uso de um remédio que dava efeitos colaterais, “optei em não me preocupar com isso”.
Com boa alimentação, cuidando do corpo e da mente, ele falou em viver até os 100 anos.
“Minha mãe tem 97 e está lá íntegra, a cabeça dela é íntegra… tem um perrenguezinho aqui, uma dor ali, mas o pensamento dela é rápido ainda. Tem um lado genético aí porque eu conheci o avô dela com 105 anos. – tomara que você lá também, né? – Não, 105 também não quero não, mas pode ser que eu chegue aos 100. Mas também não tenho problema de morrer, não. Isso tem que ser encarado com naturalidade, com tranquilidade porque é a única certeza que a gente tem na vida. A gente está aqui de passagem”, lembrou.
Jovialidade
O que ele faz para manter a jovialidade? Ser verdadeiro e não prejudicar ninguém:
“Eu to em paz com a minha consciência, que é a coisa mais forte. Eu deito na cama sabendo que não estou devendo nada. Não tenho rabo pra ninguém pegar e ninguém puxar, sabe? Foi assim a minha vida inteira. Foi por isso a minha exposição logo de cara, porque eu sabia “se eu não falar vão falar, vão atrás de mim”, então desde o começo fui muito explícito”.
Ditadura
Tão explícito que incomodou os militares na época da ditadura dos anos 1970. Ney Matogrosso revelou que foi perseguido devido à forma como expressava, cantava, dançava e se vestia durante as apresentações do Secos & Molhados.
“Eu recebia muito recados, que eu estava me excedendo, que não me excedesse tanto, sabe? Vinha gente, ficava um carro parado na frente da casa que eu morava, sabe? Tinha gente que ia no teatro que dizia que tinha ordem pra me levar pra casa de carro porque ia sofrer um atentado. Uma loucura”, afirmou.
“Eu dava um exemplo de liberdade que eles não podiam admitir na época… Eu sempre disso isso. Não se satisfaçam comigo. Sejam vocês mesmos. Não se satisfaçam com a minha manifestação. Alguns entenderam, outros não”, disse.
Se sentir feliz
Ney saiu dos Secos & Molhados no auge do sucesso do grupo e 7 meses depois lançou seu primeiro disco solo “Água do Céu – Pássaro”, que deu início a uma carreira brilhante, que dura mais de 40 anos.
E ele tomou a decisão por uma questão simples, que pode servir de exemplo para qualquer situação da vida:
“Eu não estava feliz. Eu não entendia que eu devesse me submeter a alguma coisa se eu não estava feliz dentro daquilo, né? Então eu fui tocar a minha vida. Eu saí dos Secos & Molhados em agosto de 74 e março do 75 eu estreei meu show solo. Foi muito rápido”, contou.
“O negócio é você acreditar em você. Você tem que ter claro dentro de você o que você quer da sua vida. O que você gosta na sua vida. Pra onde vai sua vida. E a vida é minha, quem toca ela sou eu, né?”, ensinou.
Notícia boa
Ney revelou que não gosta do ambiente pesado que o noticiário deixa dentro da casa da gente e reclamou do excesso de notícia ruim na mídia.
“Como é que alguém que pode ver uma televisão de manhã cedo, ver o noticiário de manha cedo? Já sai envenenado de casa”, afirmou.
“Não leio jornal… não vou dizer que seja radical, que não ligue uma televisão, mas não sou assim de todo dia estar assistindo televisão, nem toda hora. Quando eu ligo é de noite pra ver o pior, que é o noticiário”, disse.
“A sensação que eu tenho é que as notícias ruins são privilegiadas. Despejam notícia ruim em cima da gente o tempo todo e eu não quero ficar sendo receptor de notícia ruim, sabe? Vou pro mato porque lá nem celular pega”.
Mais notícia boa
Ney, que é seguidor do SóNotíciaBoa no Instagram, defende que a informação positiva tenha mais destaque na mídia.
“Acho [bom] ter um veículo [como o SóNotíciaBoa], que dê esse destaque a coisas boas, porque não é possível que não tenham coisas boas acontecendo. Tem. É que o privilégio é para a má notícia, isso eu acho chato”, concluiu.
Assista a entrevista na íntegra:
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa
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