Uma descoberta de pesquisadoras brasileiras está ajudando a curar ferimentos de diabéticos. Trata-se de uma pomada natural, que apresenta resultados em uma semana.
As orientadoras Thais Casagrande e Leila Maranho, com a aluna de mestrado Jéssica Martim, da Universidade Positivo, no Paraná, usaram a Cordia verbenacea – conhecida como erva baleeira, ou maria-milagrosa – porque o avô diabético de Jéssica fazia um chá com as folhas para ajudar na cicatrização.
Foi assim que criaram uma pomada feita com óleo da erva baleeira para curar ferimentos de diabéticos. A enfermidade é a principal causa de amputações de membros em todo o mundo.
A planta pode ser encontrada ao longo da restinga do litoral brasileiro e elas viram que seu óleo poderia ser aplicado diretamente nos ferimentos, em forma de pomada.
Melhora em 8 dias
Para testar a descoberta, as pesquisadoras utilizaram ratos de laboratório, que tiveram diabetes induzido. As cientistas fizeram pequenos machucados nos roedores e os dividiram em dois grupos: um que utilizaria a pomada e outro que não usaria tratamento algum.
As cobaias foram observadas durante 18 meses de estudo, e os resultados surpreenderam: os animais tratados com a pomada apresentaram melhora na lesão apenas com oito dias de tratamento. Após 15 dias, a ferida já tinha fechado quase que totalmente.
“A cicatrização fica linda. Sem quaisquer problemas”, diz Leila Maranho.
As cientistas afirmam que a pomada não causa dor, ardência ou formigamento, nem tem cheiro forte.
“Importante ressaltar que o trabalho foi aprovado previamente pelo Comitê de Ética em Uso de Animais em Pesquisa da Universidade Positivo e seguiu as recomendações do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA), para garantir toda cautela e cuidados éticos com os animais”, disse Thais, em nota à imprensa.
Comercialização
O próximo passo das pesquisadoras é patentear o medicamento e tentar que alguma empresa farmacêutica se interesse em comercializá-lo.
“A pomada vai ser boa não só para quem tem diabetes. Ela pode ser usada em qualquer pessoa, sem qualquer restrição”, ressalta Jéssica.
A aluna de mestrado também acrescenta que o produto poderia ser mais barato em relação aos que existem no mercado atualmente e afirma que preservar a erva baleeira é essencial.
“As pessoas devem cultivar mais essa planta para preservar a espécie”, recomenda.
Com informações da Galileu
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