Está confirmado: a vacinação contra a gripe será mesmo antecipada este ano, como adiantou o SóNotíciaBoa.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou que o governo federal vai começar a campanha no dia 23 de março e não em abril, como no ano passado.
Embora a vacina não proteja contra o novo coronavírus (SARS-CoV2), a intenção é evitar “a espiral de epidemia de outros vírus que pode ocorrer e confundir muito a população”, disse o ministro.
Mandetta se reuniu na semana passada com o governador de São Paulo, João Doria, e representantes do Instituto Butantan, que fabrica as vacinas, para verificar a possibilidade de antecipação.
O Instituto Butantan informou que a vacina contra a gripe está em fase final de produção e que vai entregar as doses a tempo da campanha antecipada pelo governo.
“O Butantan está disponibilizando ao Ministério da Saúde 75 milhões de doses da vacina da gripe, um recorde absoluto. O presidente do instituto [Dimas Covas] informou que isso representa 10% da produção mundial”, informou o infectologista David Uip, que coordena o centro de contingência do coronavírus em São Paulo.
Coronavírus
Por causa do coronavírus, o foco do governo este ano são os idosos, as pessoas mais vulneráveis.
“Nessa síndrome gripal do coronavírus são exatamente as pessoas de mais idade que têm uma letalidade maior. Essa campanha é pensada sempre acima de 60 anos. Este ano, vamos fazer outros grupos que não só os idosos. […] Forças de segurança, população presidiária completa, agentes penitenciários, para diminuir a circulação epidêmica.”
A estratégia é diminuir a quantidade de pessoas gripadas no inverno, mas a campanha também vai ajudar os profissionais de saúde a diagnosticarem mais rápido o coronavírus.
“O médico, sabendo que o paciente já foi vacinado contra a influenza, vai investigar outras causas. Isso contribui”, avaliou Wanderson Kleber de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde.
As doses
A vacinação será em etapas.
Primeiro, devem ser vacinadas gestantes, crianças até 6 anos, mulheres até 45 dias após o parto. Depois, serão idosos.
Numa terceira etapa, demais grupos: profissionais de saúde, de força de segurança, por exemplo.
A partir do dia 23 de março, serão 75 milhões de doses de vacinas contra influenza, 15 milhões a mais que em 2019.
Em 2019, oito estados não conseguiram vacinar 90% do público-alvo, como estabelecido pelo Ministério da Saúde. Deixaram de se vacinar 3,8 milhões de gestantes e 2,6 milhões de crianças.
“A vacina é importante não só para quem recebe porque vai evitar o adoecimento, mas vai evitar que essa pessoa passe esse vírus adiante. A gente precisa aumentar a vacinação para que outras pessoas que eventualmente não se vacinaram fiquem protegidas de alguma forma”, disse, disse a infectologista Heloísa Ravagnani ao JN.
Com informações do Ministério da Saúde, R7 e JN
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