O Banco Itaú anunciou uma doação bilionária para ajudar o SUS, Sistema Único de Saúde, a combater a pandemia do coronavírus e conseguir atender melhor a população contaminada.
Sob gestão da Fundação Itaú Unibanco, o dinheiro será retirado do balanço da instituição financeira e poderá ser ampliado por outros doadores, disse o presidente do banco, Candido Bracher.
“Os recursos virão do balanço do banco e não gozam de qualquer benefício fiscal em relação a qualquer outra despesa que o banco tem”, afirmou.
As decisões sobre como a quantia será aplicada serão tomadas pelo programa Todos pela Saúde, que terá à frente um grupo de especialistas liderado pelo diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap.
Os membros do Todos pela Saúde – que não vão receber par trabalhar – já vêm se reunindo desde o início da semana passada para definir as diretivas do programa, que terá quatro eixos.
Desde 1998 na gestão do Sírio-Libanês, Paulo Chapchap antecipou que uma das primeiras ações do Todos pela Saúde será a veiculação de peças publicitárias sobre a importância de medidas de prevenção contra a covid-19, como o uso de máscaras.
Ele informou que profissionais de saúde já estão sendo deslocados para constituir gabinetes de crise em locais que exigem uma resposta mais rápida de atendimento.
E informou que conversou com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre o programa.
Resolver gargalos
Chapchap comentou, ainda, que o programa vai tentar resolver um dos principais gargalos encarados pela comunidade científica mundial, que é a dificuldade para obter insumos, incluindo produtos de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Para tanto, explicou, a equipe deverá estimular a indústria nacional a fabricar esse tipo de item, para suprir as demandas.
“Não temos por que fazer diferente no Brasil, ainda mais com a experiência acumulada por outros países. Temos grandes conglomerados de fortunas nesse país. Que as grandes fortunas se somem a uma lógica de solidariedade”, disse o médico Pedro Ribeiro Barbosa, diretor-presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná, integrante do Todos pela Saúde.
Também integrante do projeto, o médico e escritor Drauzio Varella afirmou que o acúmulo de desigualdades sociais do Brasil irá agora ter “um grande peso” na pandemia. Para ele, as circunstâncias trazem, ao mesmo tempo, a cobrança de um “preço” pela perpetuação desse histórico, mas também uma oportunidade de se valorizar o SUS.
“Acho que disso tudo [do programa] vai resultar uma estrutura que podemos deixar para o SUS como legado, quando terminar a epidemia. Acho que podemos emergir da epidemia com um sistema de saúde mais organizado e mais eficiente”, concluiu.
Com informações da AgênciaBrasil
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