Engenheiros, fisioterapeutas e médicos do Brasília Maior que o Covid – BMC – criaram um respirador barato, para ser usado em hospitais públicos para ventilar de maneira contínua e adequada pacientes com coronavírus. (vídeo abaixo)
O equipamento deles custa R$ 1 mil, quase 100 vezes menos que o tradicional, que chega a R$ 100 mil e está em falta no mundo inteiro.
O protótipo do respirador brasiliense tem produção simples e montagem rápida: usa componentes comuns como peças automotivas e de eletroeletrônicos, acomodados em uma estrutura em acrílico transparente.
E o principal, os criadores vão disponibilizar o projeto para que seja feito em qualquer parte do país gratuitamente.
Testes
De acordo com os criadores, os testes feitos em simuladores foram bem sucedidos.
“Até o momento foram realizados testes apenas em simuladores, os quais foram todos bem-sucedidos: houve uma ventilação adequada, a máquina se manteve eficiente por um longo período de tempo, superou testes com pressão e velocidade maiores que as necessárias, todos os alarmes de segurança funcionaram e não houve nenhum evento adverso. ”, afirmou o Engenheiro Diego Heleno Louzeiro, conselheiro-central do BMC, articulador logístico e pesquisador do grupo.
Poupar vidas
Ele não foi criado para concorrer com os produtos profissionais, mas para ganhar tempo e manter pacientes vivos.
“A ideia é que ele seja usado de emergência, somente até que se forneça um respirador mecânico ou o paciente seja transferido. É só para mantê-lo vivo, o nosso produto só fornece o mínimo”, explica Pedro Morais, médico e responsável pelo projeto.
O respirador brasiliense também tem um sistema de alarmes para avisar em caso de pane elétrica, falha mecânica ou desconexão do sistema de ventilação.
E controla a frequência respiratória e a pressão do paciente.
Pedro conta que o protótipo demorou dois meses para ficar pronto e diz que o aparelho funciona como um respirador manual, onde um braço vai-e-vem e comprime um saco de ar.
Gratuito
O Brasília Maior que o Covid quer disponibilizar o projeto de forma gratuita para que estados e municípios possam fabricar seus próprios respiradores de emergência, gastando apenas com as peças.
Para isso, os voluntários aguardam que a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprove o protótipo. É só o que falta para ajudar a salvar vidas no país inteiro.
O Brasilía Marior que o Covid é o mesmo grupo voluntário que em março começou a produzir máscaras especiais de proteção com tecnologia 3D e distribuiu gratuitamente em hospitais do Distrito Federal.
Veja como ele funciona:
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa