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Testes com vacina de Oxford ficam prontos em junho: covid
15 de maio de 2020
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Foto: Universiade de Oxford
Foto: Universiade de Oxford

Pesquisadores da Universidade de Oxford devem receber resultados da eficácia da vacina desenvolvida por eles contra o coronavírus em junho e começar a produção em setembro.

A informação foi divulgada pelo professor de medicina da Universidade de Oxford, Sir John Bell, em entrevista ao programa “Today”, da Rádio 4, da BBC.

O projeto desenvolvido por equipes de pesquisa clínica do Jenner Institute da Universidade de Oxford e do Oxford Vaccine Group no Reino Unido, está em estágio mais avançado e pode surpreender.

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Os pesquisadores começaram a trabalhar na vacina, conhecida como ChAdOx1 nCoV-19 (foto acima), em fevereiro e os testes em humanos começaram no final de abril.

Todos os países

O médico disse que o desafio será a produção em grande escala, caso o resultado seja positivo.

“Também queremos garantir que o resto do mundo esteja pronto para fazer esta vacina em larga escala para chegar às populações dos países em desenvolvimento, por exemplo, onde a necessidade é muito grande”, contou.

Atualmente, mais de 70 vacinas em potencial estão sendo desenvolvidas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, todas em diferentes estágios.

A vacina

A vacina é fabricada a partir de uma versão enfraquecida de um vírus do resfriado comum (conhecido como adenovírus) de chimpanzés, que foi modificado para não poder crescer em humanos. 

As proteínas do vírus que causa o COVID-19 – glicoproteína Spike – foram adicionadas. 

“Esperamos fazer com que o corpo reconheça e desenvolva uma resposta imune à proteína Spike, que ajudará a impedir que o vírus SARS-CoV-2 entre nas células humanas e, portanto, evite a infecção”, afirmou a universidade.

Haverá alguns efeitos colaterais como dores no braço, dores de cabeça ou febre, nos primeiros dois dias após a vacinação.

Os testes

Até 1.102 voluntários saudáveis ​​com idades entre 18 e 55 anos estão sendo recrutados para os ensaios em locais de estudo em Oxford, Southampton, Londres e Bristol.

Os dois primeiros voluntários, dosados ​​por pesquisadores da Universidade de Oxford em 23 de abril, eram cientistas e pesquisadores de câncer. Mais seis voluntários foram injetados dois dias depois, antes de o estudo ser expandido para incluir um grupo muito maior.

Na primeira fase – atualmente em andamento – 550 participantes recebem a vacina ChAdOx1 nCoV-19. Já em 550 é aplicada uma vacina controle contra meningite e sepse para comparação.

Os participantes em Oxfordshire mantiveram um “diário eletrônico” de suas experiências para registrar qualquer sintoma. 

Na fase 2, a idade dos participantes será estendida, antes que 5.000 voluntários participem da fase 3.

Prazo

A universidade disse que seu melhor cenário é obter um resultado de eficácia da fase 3 até o outono europeu, em setembro, juntamente com a capacidade de fabricar grandes quantidades da vacina, mas enfatizou que o prazo é “altamente ambicioso e sujeito a alterações”.

Cientistas de Oxford disseram que a meta é produzir um milhão de doses da vacina até setembro.

Mas o pesquisador chefe do estudo, Andrew Pollard, disse que é improvável que a vacina esteja disponível em “uma escala muito grande” antes do final de 2020.

Produção imediata

A universidade fechou uma parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca para acelerar a produção: “desenvolvimento adicional, manufatura em larga escala e distribuição potencial” da vacina, caso ela seja bem-sucedida.

O acordo prevê que a gigante farmacêutica trabalhe com parceiros globais para distribuir internacionalmente a vacina.

Com informações da Market Watch e ShropShireStar

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