Enquanto milhares de profissionais da saúde pegam covid no serviço, um hospital de Brasília segue um protocolo internacional e dá o exemplo, com contaminação zero.
No Hran, Hospital Regional da Asa Norte – que é referência no tratamento da doença no Distrito Federal – nenhum funcionário da UTI teve coronavírus até hoje, dois meses após o primeiro caso confirmado da doença.
Na última sexta, dia 15, foram testados 265 servidores do Hran e, novamente, em todos os procedimentos, o resultado deu negativo para a covid-19.
A testagem ocorreu em todos os setores da unidade, inclusive na UTI, informou a Secretaria de Saúde.
“O nosso foco maior segue sendo nas UTIs. É a área mais ‘quente’ do hospital, e onde temos zero infecções entre os profissionais. Acho que temos conseguido nos manter assim graças aos treinamentos diários que temos colocado em prática e cobrado desde fevereiro”, explicou o médico Pedro Zancanaro, responsável pela comunicação do Gabinete de Crise do Hran, ao Metrópoles.
Protocolo internacional
O Hran seguiu um protocolo internacional, de primeiro mundo, para alcançar o bom resultado.
O projeto, orientado pelo Hospital Sírio-Libanês, chama-se Lean – que em português significa “enxuto”.
De acordo com o Ministério da Saúde, essa é uma metodologia japonesa que, após a Segunda Guerra Mundial, chegou ao Ocidente e foi utilizada em vários setores produtivos.
A partir da década de 1990 houve uma adaptação para utilização na área da Saúde, com impactos positivos.
Entre os principais resultados que hospitais do Brasil têm conseguido ao aplicar o projeto, estão a diminuição do tempo de espera no atendimento, aumento do giro de leitos, mais qualidade nos serviços prestados e redução do tempo médio de permanência, entre outros.