Lembra do Remdesivir, o remédio experimental que acelera a recuperação de doentes com coronavírus? A droga recebeu autorização da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – nesta quarta, 24 e vai ser testada no Brasil.
O remédio, que mostramos em abril no SóNotíciaBoa, tem sido aplicado em pacientes graves nos Estados Unidos, desde maio.
A Gilead, fabricante responsável pelo medicamento no exterior, mantinha negociações com a Anvisa para fornecer o remédio ao Brasil.
O Remdesivir ficou conhecido mundialmente depois de ser usado para tratar pacientes com ebola.
No início da pandemia do novo coronavírus, a droga passou por testes clínicos na China.
O tempo de recuperação dos pacientes que receberam o medicamento foi em média de 11 dias. Os que tomaram placebo demoraram 15 dias.
Testes
De acordo com a Anvisa, o remédio será aplicado durante um estudo de fase 3 em pacientes hospitalizados com pneumonia grave causada pela covid-19.
Em uma seleção aleatória, o medicamento será aplicado em combinação com o imunoregulador tocilizumabe.
Outro grupo de pacientes também receberá o Remdesivir, porém combinado a um placebo para que os resultados da droga possam ser identificados.
Patente
Em maio, a indústria farmacêutica Gilead Sciences anunciou que vai abrir mão da patente do Remdesivir, logo após rumores de que o remédio chegaria ao mercado com preço caríssimo.
Isso significa que 127 países vão poder fabricar o medicamento sem pagar pelos direitos industriais.