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Gêmeos separados ao nascer se reencontram após 23 anos: fotografia
25 de junho de 2020
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Foto: reprodução
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Separados no nascimento, os gêmeos idênticos Tomaz e Gabriel se reencontraram pelas redes sociais este mês – no dia em que completaram 23 anos de idade – e descobriram que mesmo sem se conhecer, os dois irmãos têm uma paixão em comum: a fotografia.

Eles nasceram no Ceará e logo em seguida, a mãe, Liduína, doou aos bebês para adoção, em Padre Andrade.

Nos últimos 23 anos, mais de 2.600 km distanciaram Tomaz Maranhão, que ficou em Fortaleza, do irmão Gabriel Ferreira, que foi para Uberaba, Minas Gerais.

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Com o passar do tempo, os irmãos adotados souberam da existência um do outro mas, tinham poucas informações.

A descoberta foi por meio do Facebook, no dia 1º de junho, quando Tomaz fez uma busca com uma fotografia que tinha recebido da mãe biológica, Liduína, com o nome da mãe adotiva de Gabriel. Era o único rastro que ele tinha do irmão.

Em menos de 30 minutos, Tomaz localizou o perfil de Vanda, pelo nome e cidade.

A mãe biológica

Tomaz conheceu Liduina quando tinha 16 anos, em Fortaleza, onde continuou morando desde que foi adotado por Socorro Maranhão.

“Nos encontramos na minha casa. Foi bem forte pra mim. Foi a primeira vez que eu vi alguém tão parecido comigo. Ganhei dela dois presentes: o nome e a foto do aniversário de um ano do meu irmão, que ela recebeu da pessoa que o levou.

Ela foi muito importante nessa busca, por me dar nome e rosto de quem estava com ele”, lembra o gêmeo, que hoje é fotógrafo e trabalha como assessor da coordenação geral do Museu da Fotografia Fortaleza.

Mesmo angustiado com boatos de que irmão que teria morrido aos 12 anos, o irmão não desistiu da busca.

“Essa informação foi para mim extremamente irrelevante. Toda vez que eu pensava nele, eu sentia sua vida em mim”, recorda.

O Reencontro

Quando viu a foto do irmão pela primeira vez, Tomaz se emocionou.

Eu entrei em pânico. Não acreditava que aquilo estava acontecendo e que eu era tão parecido com ele. E ele comigo”, conta o gêmeo.

Para entrar em contato com a família adotiva do irmão, ele contou com o apoio de uma policial civil, Nivia, que falou com Vanda antes dele.

Gabriel estava no trabalho quando recebeu a notícia, e não podia imaginar que a ligação de sua mãe, chorando, mudaria completamente sua vida.

“Para mim, foi um grande choque, tive que me sentar e parar para raciocinar o que estava acontecendo. Minha cabeça ficou a um milhão e eu não conseguia acreditar. Entrei em contato com ele pelo Facebook, e fomos para o Whatsapp”, relata.

A primeira chamada de vídeo dos gêmeos foi no intervalo do trabalho de Gabriel.

Tomaz diz que o reencontro tem sido lindo, a cada contato com o irmão.

Os gêmeos passam várias horas da madrugada conversando, quase todos os dias pra se atualizarem de tudo que o tempo e a distância roubou deles.

Paixão pela fotografia

Entre as semelhanças, uma em especial os marcou profundamente: a paixão comum por fotografar.

“Meu choque foi maior quando vi a foto dele vestido com roupa social e câmera pendurada no pescoço. Não acreditei, e me choco até hoje. Foi ali que realmente vi que a fotografia não estava à toa na minha vida”, conta Tomaz sobre uma imagem encontrada no facebook do irmão.

A linguagem fotográfica foi um escape de uma época complicada da vida de Gabriel, onde surgiram vários questionamentos sobre sua existência, além de alguns problemas financeiros.

Nesse período, ele chegou a desenvolver uma marca própria para trabalhar em eventos, casamentos e fotografia de casais.

Hoje a fotografia é um hobbie para ele.

Foto: reprodução
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Veja o post de Tomaz e Gabriel:

Os irmãos ainda separados na época de escola Foto: Arquivo Pessoal
Os irmãos ainda separados na época de escola Foto: Arquivo Pessoal

Com informações Diário do Nordeste

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