Detentos dos Presídio Pio Canedo, em Pará de Minas, estão cultivando verduras e legumes que são doados para a população.
Os alimentos vão para a Casa de Recuperação Divina Misericórdia, também conhecida como Fazendinha. De acordo com o presídio, por semana são produzidos 60 kg de hortaliças.
Oito detentos fazem o cultivo de alface, almeirão, couve, repolho e acelga. Eles fazem parte de um projeto de ressocialização e gastam o tempo de forma positiva.
“A gente consegue ver a satisfação dos presos que trabalham no cultivo dos alimentos. Além de se sentirem mais úteis e ocuparem o tempo com algo saudável, o resultado ajuda quem está precisando e traz uma motivação maior a eles”, disse o diretor-geral da penitenciária, Marcelo Barbosa.
Alimentação saudável
E as doações são muito bem vindas na Casa de Recuperação Divina Misericórdia.
“Aqui a gente acolhe todos que chegam e procuramos dar oportunidade para recuperação e ressocialização, inclusive de egressos do sistema prisional que recaem no vício das drogas ou do álcool. As doações são importantes para que a gente consiga manter uma alimentação saudável e variada para eles”, disse Cesar Alves, coordenador da casa.
Atividade terapêutica
Bom para quem recebe e também para que produz.
“Fui criado no campo e sei como é bom este contato com a terra. Vejo que isso ajuda muito no cumprimento da pena dos presos. Mesmo aqueles que nunca tiveram alguma experiência se esforçam e tentam fazer cada dia melhor”, disse o policial penal Moisés Soares, que coordena os trabalhos na horta do presídio e classificou a atividade como terapêutica.
Oportunidade
O detento Wagner Gomes Oliveira, está há nove meses trabalhando na horta e diz que se sente útil mexendo com a terra.
“Estou tentando aproveitar ao máximo as oportunidades de aprendizado e me aprimorando profissionalmente para que tenha mais chances lá fora. Esse trabalho na horta também faz a gente se sentir útil para a sociedade. Saber que estamos contribuindo para uma casa tão importante como a Fazendinha deixa a gente cheio de orgulho”, concluiu Wagner.
Para Alisson dos Anjos, que há quatro meses trabalha na horta, diz que encontrou nas plantas uma motivação.
“A gente sente que ganha mais confiança e respeito com o nosso trabalho. As pessoas veem que estamos nos esforçando para ser alguém melhor e mais útil, e isso nos motiva muito a seguir em um caminho longe da criminalidade”, concluiu.
Com informações do G1