O mundo comemora nesta quarta, 18, a notícia de que terminaram os estudos da fase três – a última fase antes do registro – da vacina da Pfizer contra a Covid e ela foi considerada segura, com 95% de eficácia.
O anúncio foi feito pela farmacêutica, que produziu a vacina em parceria com a empresa alemã BioNTech. O resultado final é melhor do que o divulgado há 10 dias, que na época apontava 90% de eficácia.
Agora a vacina da Pfizer segue para aprovação do FDA, a Anvisa dos EUA, que poderá liberar o imunizante até dezembro.
A direção da Pfizer acredita que, se tudo der certo, a vacinação nos EUA começará entre a segunda semana de dezembro e as primeiras semanas de janeiro.
O próximo passo será desenvolver soluções de logística para vacinar a população já que o imunizante precisa ser armazenado a -70ºC, porque foi feito com uma nova tecnologia, através de moléculas de RNA, enquanto outras vacinas comuns usam o DNA.
A proteção
Em comunicado à imprensa, a Pfizer disse que a vacina previne as formas mais leves e graves da Covid-19 e a eficácia dela foi consistente em todas as idades, raças e etnias.
Em idosos, ela manteve praticamente a mesma taxa de eficácia, chegando a 94%, o que é considerado importante já que este público nem sempre tem reações eficientes a imunizantes.
Sobre reações adversas, a mais comum foi fadiga. 3,7% dos voluntários relataram cansaço após tomarem a segunda dose da vacina.
A terceira fase da vacina Pfizer/ BioNTech envolveu cerca de 44 mil voluntários, sendo que só metade recebeu vacina.
A produção
A Pfizer também anunciou que poderá ter 50 milhões de doses disponíveis até o final do ano. E que conseguiria produzir até 1,3 bilhão até o final do ano que vem.
“Os resultados do estudo marcam um passo importante nessa jornada histórica de oito meses para apresentar uma vacina capaz de ajudar a acabar com essa pandemia devastadora”, disse o Dr. Albert Bourla, presidente-executivo da Pfizer, em um comunicado.
Brasil
No Brasil ainda não há acordo para compra dessa vacina. O governo brasileiro diz que está negociando com diversas empresas.
Nesta terça, 17, o Ministério da Saúde disse que se reuniu com a Pfizer em Brasília e informou que a compra da vacina contra Covid-19 da farmacêutica deve ocorrer à medida que os ensaios clínicos apontarem “total eficácia e segurança” dos insumos e após o registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Alguns países, como Estados Unidos, Inglaterra, Canadá e Japão, já garantiram doses da vacina Pfizer.
Outras vacinas promissoras
Outra vacinas também te se mostrado promissoras nos últimos dias.
O mais recente é o resultado da Coronavac, a vacina chinesa da Sinovac que está sendo desenvolvida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
De acordo com estudo preliminar publicado nesta terça 17, na renomada revista científica The Lancet, a Coronavac é segura e produz anticorpos em 97% dos voluntários saudáveis entre 18 e 59 anos.
A pesquisa apontou que as respostas dos anticorpos poderiam ser induzidas em um período de 28 dias desde a primeira dose da vacina. A CoronaVac é aplicada em duas doses, em um intervalo de 14 dias
O Instituto Butantan avaliou a revisão feita por outros cientistas como um passo importante no desenvolvimento do imunizante.
Já a empresa norte-americana Moderna informou que a vacina dela tem 94% de eficácia.
E a vacina “Sputnik V” teria 92,5% de eficácia, segundo a agência russa.
São Paulo
Em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) já comprou doses da vacina CoronaVac e pretende aplicá-las assim que conseguir liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Uma parte delas, 120 mil doses, chegará ao Brasil ainda esta semana.
Com informações do R7 e Estadão