Muita gente conhece os baobás por causa do livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, mas desconhece que a árvore é símbolo da cultura africana.
“Os baobás são símbolo de beleza, energia, vitalidade, religiosidade para os povos tradicionais africanos. Também representam ludicidade e memória, uma vez que são palco para a contação de histórias dos mestres griôs para as crianças e para os adolescentes”.
Foi o que explicou em entrevista ao SóNotíciaBoa o professor André Lúcio Bento, que é especialista em Cultura Afro-brasileira e Africana pela UFG, Universidade Federal de Goiás.
No mês da Consciência Negra, André decidiu fazer um levantamento para saber quantos baboás existem no Distrito Federal e ficou surpreso ao descobrir 13 árvores, com a ajuda de outras pessoas que se uniram à iniciativa.
Em 2019 ele já havia plantado duas mudas na EAPE – Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação – da Secretaria de Educação, na Quadra 907 Sul de Brasília. Depois, soube que existiam dois exemplares na área protegida do Jardim Botânico, no Lago Sul.
“Desde então, me tomei por uma curiosidade para saber da existência de outros. Para minha surpresa de novo, perguntando a uma pessoa aqui, a outra pessoa ali, já contabilizamos 13 baobás em todo o Distrito Federal, alguns novinhos, alguns já grandinhos”, disse o professor de Língua Portuguesa da Secretaria de Educação e Doutor em Linguística pela UnB.
Wikipédia
O próximo passo do André foi acrescentar no Wikipédia a existência dos baobás no Distrito Federal, que não registrava nenhuma árvore do tipo na região.
Mas a busca continua porque o professor acredita que podem existir outros exemplares nas cidades do entorno de Brasília.
“Se souberem de outros por aí pelo Distrito Federal, contem aqui pra mim” disse o professor no perfil que tem no Instagram.
Ele garante que, se o baobá estiver em propriedade particular, o endereço não será divulgado.
Veja algumas imagens da árvore que André registrou no Distrito Federal. Esta abaixo foi uma das que ele plantou:
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Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa