A vacina de Oxford / Astrazeneca começou a ser aplicada nesta segunda, 4, no Reino Unido, o primeiro a usar este imunizante contra a Covid-19.
A primeira pessoa a receber a dose foi Brian Pinker, um homem de 82 anos que é paciente de diálise. Ele foi vacinado no Hospital da Universidade de Oxford, próximo ao local onde o imunizante foi desenvolvido.
Pinker se disse orgulhoso de receber o imunizante criado na mesma cidade onde ele nasceu, localizada 82 quilômetros a norte de Londres.
Ele afirmou que agora tem esperança de poder comemorar com sua mulher o aniversário de 48 anos de casamento, neste ano.
A vacina
O vacina feita na parceria Oxford-AstraZeneca foi aprovada na última quarta-feira, pelas autoridades de saúde britânicas.
Ela é tida como a alternativa mais acessível, por ser mais barata e fácil de distribuir, já que não precisa ser transportada em baixíssimas temperaturas, como é o caso da vacinada Biontech/Pfizer e do imunizante desenvolvido pela americana Moderna.
O Reino Unido também foi o primeiro país a iniciar a imunização em massa, no dia 8 de dezembro, com um milhão de doses da vacina produzida pela parceria Pfizer-Biontech.
Aposta brasileira
A vacina de Oxford é a principal aposta do governo brasileiro para enfrentar a pandemia no país.
Neste fim de semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, autorizou a importação de 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.
A aplicação do imunizante ainda não está autorizada no país. No entanto, a Anvisa liberou a importação para antecipar a disponibilização quando o registro ou uso emergencial for aprovado.
A Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, quer começar vacinação contra Covid-19 ainda este mês.
A produção
Segundo o governo britânico, 530 mil doses da vacina da AstraZeneca estarão disponíveis num primeiro momento. No total, o Reino Unido encomendou 100 milhões de doses à farmacêutica.
A vacina Oxford-AstraZeneca deve ser administrada em um pequeno número de hospitais nos primeiros dias para que as autoridades possam agir em caso do aparecimento de reações adversas.
Mas centenas de novos locais de vacinação devem ser abertos nesta semana, juntando-se aos mais de 700 já em funcionamento, segundo as autoridades sanitárias britânicas.
O Reino Unido planeja aplicar uma segunda dose de ambas as vacinas 12 semanas após a primeira injeção em vez de 21 dias, para acelerar as imunizações através do maior número de pessoas a receberem a primeira dose o mais rápido possível.
O Reino Unido está em meio a um surto agudo com mais de 50 mil novas infecções por dia na última semana.
No domingo, o país registrou outros 54.990 casos e 454 mortes relacionadas ao vírus, elevando para 75.024 o total nacional de mortes relacionadas com a covid-19.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, alertou ser provável que nas próximas semanas seja necessário um acirramento das restrições no Reino Unido, já que o país sofre com uma variante do coronavírus que elevou as taxas de infecção aos níveis mais altos já registrados.
85 milhões de casos
A covid-19 já infectou mais de 85 milhões de pessoas e provocou mais de 1,8 milhão de mortes no mundo, segundo dados da universidade Johns Hopkins.
Somente nos três primeiros dias do ano, já foram registradas mais de 1 milhão e 600 mil novas infecções.
Os Estados Unidos são o país mais afetado, com mais de 20 milhões de casos, seguido de Índia, Brasil, Rússia e França.
Os Estados Unidos também são o país com o maior número de mortes, com mais de 351 mil óbitos. O Brasil vem em segundo lugar, com mais de 196 mil mortes, seguido de Índia, México e Itália.
Com informações da DW