Um estudante de Brasília, de apenas 18 anos, conseguiu uma bolsa integral para estudar em Harvard, uma das universidades mais renomadas do mundo.
Eduardo Vasconcelos Goyanna Filho foi um dos três brasileiros contemplados. Os outros são de Pernambuco e de São Paulo. O brasiliense recebeu a notícia boa no final do ano e as aulas devem começar em agosto.
“Eu já comecei a chorar sem saber se tinha passado ou não. É um sonho que demandou muito de mim e da minha família. Chegar naquele ponto já era muito importante”, disse o jovem ao Metrópoles.
Como
Eduardo passou os últimos quatro anos se preparando do jeito que pôde, sem fazer a família gastar dinheiro.
“Eu queria atingir meu objetivo sem atrapalhar financeiramente minha família, que não tinha condições de pagar uma escola particular direito, imagina estudar em Harvard. Foi com muita ajuda da Fundação Estudar e de outros locais que consegui chegar a essa bolsa de 100%”, comemora.
Ele disse que a ajuda que dá para crianças de Brasília ajudou a conseguir a bolsa.
“Grande parte da minha admissão foi devido a um trabalho voluntário que faço no Lago Norte, com crianças em situação de vulnerabilidade. Dou aula de civismo, democracia e inglês. Também fui eleito para o Parlamento Jovem Brasileiro, da Câmara dos Deputados, depois de apresentar um projeto de lei sobre socioeducação”, explica.
E ele falou que quando começar a estudar em Harvard vai continuar ajudando pessoas que não conseguem ter oportunidades.
“O primeiro ano e meio serve para fazermos diversas matérias, mas pretendo seguir a área de governo aliado com economia.”
Quando terminar o curso, Eduardo planeja voltar ao Brasil.
“Eu não vejo sentido de ir e não voltar. Meu sonho é reduzir a criminalidade infantil com ações preventivas, principalmente”, afirmou.
Preparativos
Agora Eduardo pensa em como será a ida dele para Harvard, em tempos de pandemia.
“Eu espero que a troca do presidente por lá facilite um pouco a entrada de estudantes estrangeiros. Apesar de todo o apoio que venho recebendo, a gente ainda está com dificuldades de tirar o visto e, até a minha viagem, é provável que aceitem apenas vacinados no país”, pondera.
Felizmente, com a bolsa de 100%, a universidade pagará qualquer necessidade dele, desde um quarto até mesmo um casaco de inverno para o frio.
O brasiliense vai morar sozinho pela primeira vez e disse que vai aprender a fazer trabalhos domésticos como fazer a própria comida e passar roupas.
“Quero aprender a culinária brasileira para poder fazer sozinho e matar a saudade […] Passar uma camisa social com certeza é uma preocupação”, brincou.
Com informações do Metrópoles