Em Moscou, na Rússia, a vacina contra Covid-19 está sendo dada para qualquer pessoa, inclusive turistas estrangeiros. E quem for tomar a dose ainda ganha um sorvete de chocolate como brinde.
A novidade faz parte do ambicioso programa de “vacinação em massa”, anunciado em janeiro pelo presidente Vladimir Putin.
O posto principal de vacinação é na Praça Vermelha e está virando ponto turístico.
Eles aplicam a vacina russa Sputnik V, que está disponível por lá desde 18 de janeiro. Mas para alguns grupos de risco, incluindo médicos e assistentes sociais, a vacinação começou no início de dezembro.
Estrangeiros
Na semana passada, o prefeito de Moscou anunciou que 400 mil pessoas haviam sido vacinadas na capital, que tem 12 milhões de habitantes.
Pelo menos 100 hospitais aplicam a vacina na cidade, além dos pontos de vacinação que incluem centros comerciais e uma casa de ópera.
A loja de departamentos GUM é um deles, que recebe muitos jovens.
Os voluntários e funcionários que ajudam com a vacinação na GUM estimam que cerca de um terço dos que recebem a vacina na loja de departamento são estrangeiros, embora não haja números que confirmem isso.
“Eu nem sabia que havia tantos estrangeiros vivendo em Moscou”, diz Sofia Markova, enquanto distribui sorvete aos vacinados.
Orgulho nacional
Para a Rússia, o lançamento da vacina é uma questão de orgulho nacional. Há duas vacinas registradas no país e uma terceira a caminho.
Ainda nesta semana, a Rússia entregou um pedido para obter a aprovação da UE para a Sputnik V. A Hungria já aprovou.
A vacina russa também está disponível em vários países fora da UE, como Argentina e Sérvia. No Brasil, ela também aguarda aprovação.
Na semana passada, uma pesquisa revisada por pares publicada na revista científica “The Lancet” mostrou que a vacina tem eficácia média de 91,6% para casos sintomáticos. O artigo reforçou a confiança na vacina russa, em meio a críticas de que os testes teriam sido apressados.
O número de imunizados na Rússia passa de 1 milhão de pessoas. Isso fez cair a quantidade de infectados no país, após o pico registrado em dezembro.
Mesmo assim, ainda existem atualmente cerca de 15 mil novos casos por dia, semelhante ao nível de infecções que a Rússia tinha em meados de outubro.
Com informações do G1