Dois filhotes de Mico-leão-preto, que nasceram este mês, estão sendo acompanhados por técnicos do Zoológico de Belo Horizonte em Minas Gerais. Os gêmeos, símbolo da Mata Atlântica, pertencem a uma das espécies de primatas mais raras e ameaças do mundo.
Na tentativa de preservar a espécie, técnicos ajudaram na reprodução em cativeiro. Eles conseguiram um outro macho, depois que a mãe rejeitou o anterior. O pai foi enviado pela Fundação Parque Zoológico de São Paulo, por meio do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Mamíferos da Mata Atlântica.
O macho, de 5 anos de idade, chegou em julho de 2020 para viver com a fêmea, de 7 anos e, felizmente, eles se aceitaram e formaram o esperado casal.
O sexo dos filhotes do Zoo de BH ainda é desconhecido porque durante os primeiros dias de vida, os técnicos tentam ter o mínimo de contato possível para reduzir possíveis perturbações à família e situações de stress aos animais, que estão dedicados a cuidar da cria.
A espécie
O mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) é uma das espécies de primatas mais raras e ameaçadas do mundo, presente apenas no oeste do estado de São Paulo – nos espaços remanescentes de Mata Atlântica.
O animal já foi considerado extinto da natureza por muitos anos e, ainda hoje, sua situação é grave, ameaçada de extinção.
Os jovens filhotes de mico-leão-preto nascidos em BH devem permanecer junto com os pais por muito tempo.
“As crias precisam aprender a cuidar de filhotes para também se prepararem para serem bons pais no futuro”, o que contribui para a conservação da espécie disse Valéria Pereira, chefe da seção de mamíferos do Zoo de BH.
Com informações do BHAZ e PBH