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Cientista é a 1ª mulher a ganhar prêmio da Sociedade Brasileira de Física
4 de março de 2021
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Foto: Portal USP
Foto: Portal USP

Uma conquista e tanto para o mundo científico e ainda no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.

A professora Yvonne Mascarenhas, da USP de São Carlos, em SP, acaba de conquistar um prêmio cobiçado da Sociedade Brasileira de Física.

Com 90 anos, a cientista brasileira é a primeira mulher a ganhar o prêmio, que reconhece o trabalho de pesquisadores e pela contribuição dela, ao longo da carreira, para a Física da Matéria Condensada de Materiais no Brasil.

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A professora recebeu o Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro – 2021, outorgado pela SBF, “por suas atividades de pesquisa pioneiras em cristalografia de raios X e por iniciar uma sólida comunidade científica nesta área no Brasil”.

“Yvonne tem quatro filhos, é, não somente um ícone da Ciência Brasileira, mas um motivo de grande orgulho e exemplo para suas colegas, mulheres, cientistas”, diz o comunicado no portal da USP.

O prêmio será entregue durante o Encontro de Outono da Sociedade Brasileira de Física, evento marcado entre os dias 21 e 25 do próximo mês de junho.

Trajetória

A pesquisadora brasileira nasceu no interior paulista e após se mudar para o Rio de Janeiro com a família, se formou Bacharel em Química, em 1954, pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.

Yvonne foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo, em São Carlos.

Ela ajudou a fundar o Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC), que posteriormente viria a se ter duas unidades separadas.

Exterior

Em 1959, recebeu uma bolsa de estudos e passou dois anos trabalhando na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Lá, desenvolveu sua paixão pela cristalografia e iniciou a consolidação dessa área de pesquisa no Brasil, fundando a Associação Brasileira de Cristalografia (ABCr).

Ao longo de sua trajetória, trabalhou em instituições de prestígio como Harvard, Princeton e Birkbeck College e participou do grupo responsável pelo desenvolvimento do banco de dados cristalográficos de Cambridge.

Em sua produtiva e continuada carreira, a professora Yvonne supervisionou cerca de 40 estudantes de mestrado e doutorado, publicou aproximadamente 200 artigos indexados e produziu numerosas contribuições em conferências e simpósios.

Feitos

Seu grupo de pesquisa se tornou um dos centros mais importantes em Cristalografia Química e Biologia Estrutural da América do Sul.

Entre seus feitos, destaca-se a colaboração que resultou na determinação da estrutura cristalina da oxitocina (Science, 1986) e de toxinas de veneno de cobras (Eur. Biophys. J., 1992).

Além da pesquisa, é notável e incessante seu interesse e dedicação pessoal no treinamento de jovens e suas ações para a promoção de meninas e mulheres nas Ciências.

Por Andréa Fassina, da redação do Só Notícia Boa – Com informações do Portal USP São Carlos

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