Atitude! Uma estudante de biologia apaixonada pelas araras-azuis fez desse amor a causa de uma vida.
“Na faculdade, eu dizia aos meus professores que queria ajudar as araras, mas naquele momento eu não sabia nada sobre elas. Aí comecei a estudar e a fazer levantamentos. Escrevi uma proposta de pesquisa que acabou virando um projeto. Faço esse trabalho há mais de 30 anos e isso motivou muitas pessoas a se interessarem por elas, também”, conta Neiva Guedes.
Quando a pesquisa começou, estimava-se a existência de 2,5 mil araras no Brasil, sendo que 1,5 mil estavam no Pantanal.
Calcula-se que esse número hoje passe de 6,5 mil no total. A população de araras azuis está crescendo e as áreas onde elas podem ser encontradas também aumentaram.
“A potência desse trabalho é gigante. Os resultados colhidos em todos esses anos, a grandeza da evolução em quantidade, mas também na qualidade dos animais que estão no nosso país é inegável e nasceu da inquietude de uma mulher. A representatividade do Instituto Arara Azul é um exemplo!”, afirmam Iara e Eduardo, Caçadores de Bons Exemplos.
Como
O primeiro passo foi conquistar os pantaneiros, mostrar que o trabalho ali não era só teórico, mas que o interesse em transformar era real.
“A verdade é que gosto tanto do que faço e tenho tanto prazer em cuidar da natureza, em especial das araras, que não preciso estar no Pantanal para imaginar novas maneiras de ajudar. Eu faço o que eu gosto! Eu acredito! O meu grande sonho é criar políticas públicas rigorosas de preservação, envolver mais gente e disseminar informação sobre a natureza”, afirma Neiva.
Além do trabalho técnico com a araras, o Instituto fala sobre sustentabilidade, respeito e cuidado com a natureza, que fazem parte da estratégia a longo prazo de conservação ambiental.
“Não dá para trabalhar com conservação sem envolver a comunidade. Não é possível caminhar separado, por isso o Instituto Arara Azul desenvolve um trabalho com as famílias pantaneiras. A preservação ambiental precisa de conscientização do ser humano. É uma teia, todo mundo junto. Não adianta só aplaudir os outros. Qual é a sua contribuição para o mundo?”, questiona Neiva.
Saiba mais sobre o projeto no site, Instagram e Facebook.
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do Só Notícia Boa – com Caçadores de Bons Exemplos