O projeto Livros que Voam nasceu do sonho de dois pilotos da Polícia Militar da Bahia e tem ido longe!
O comandante de aviações Eduardo Silva e o Tenente Coronel Ivã Antônio dos Santos já conseguiram distribuir 400 livros para crianças e jovens carentes do interior do estado.
Entre os títulos, O Pequeno Príncipe, Memórias Póstumas de Brás Cubas e outros clássicos da literatura. Cada obra é cuidadosamente escolhida para que a leitura leve uma mensagem positiva aos jovens.
“Eles saem diferentes. Depois da gente contar tudo sobre o que a leitura pode fazer e compartilhar nossas vivências, eles olham para os livros de outra forma. Fico feliz demais porque a leitura me salvou. Eu também vim de bairro pobre, com pouco acesso às coisas, mas a educação transformou a minha vida”, conta Eduardo Silva, que é do bairro Alto das Pombas, de Salvador.
A ideia ganhou o apoio da Casa Militar do Governador (CMG) e da Secretaria de Educação do Governo, que ajuda a decidir quais livros são adequados para leitura dos pequenos.
Agora, além da Bahia, os idealizadores do projeto querem levar os livros para todo o Brasil!
Movimentação solidária
A inspiração veio de Eduardo. Sempre que viajava para regiões mais remotas do estado, o comandante conta que várias crianças se aproximavam cheias de curiosidade sobre o helicóptero.
“Eles vão doidos pra conhecer a aeronave e a gente fala dos livros, que também possibilitam uma viagem por um mundo ainda mais legal que o céu para eles. A reação é a melhor possível, sorrisos largos, olhares que brilham ao escolher qual livro levar. É uma coisa linda mesmo, a gente fica muito feliz”, relata
Hoje o Livros que Voam já conta com a doação de muitas pessoas. Tudo é bem diferente do início, quando cada exemplar doado às crianças, saiu do bolso dos pilotos da CMG.
A todo vapor
Apesar de ser um projeto bem recente – criado em dezembro do ano passado – o Livros que Voam já conseguiu entregar 400 exemplares e tem mais 600 em mãos, que ainda não foram entregues por conta da situação da pandemia no estado.
Eduardo diz que o retorno é o mais positivo possível. “A gente tem tido cada momento bacana com os pais. Eles ficam muito contentes, agradecem. Os pais sabem a importância da ação. Uma mãe de Catu, por exemplo, viu a criança chegar em casa com um e trouxe mais 10 pra doar. O retorno é sempre muito positivo”, fala.
A intenção dos organizadores é que, além de continuar com doações ao redor da Bahia, a prática possa se tornar comum em toda a aviação do Brasil.
Já há, inclusive, a previsão de construção de um projeto para ser apresentado para as autoridades nacionais de aviação.
Ajude o projeto
Para ajudar o Livros Que Voam, entre em contato por mensagem direta no Instagram @livrosquevoam_oficial.
Por Monique de Carvalho, da redação do Só Notícia Boa – Com informações de Correio da Bahia.