Não é a Coronavac e sim uma vacina 100 por cento brasileira chamada Butanvac.
O anúncio foi feito pelo próprio Instituto Butantan na noite desta quinta, 25. O Instituto desenvolveu uma nova fórmula de vacina contra a Covid-19.
A entidade ligada ao Governo de São Paulo pedirá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, para iniciar a testagem.
Os detalhes serão divulgados nesta sexta, 26, pelo governo de São Paulo.
“É um notícia da ciência, que nos enche de esperança na luta contra a Covid-19”, disse o governador de São Paulo, João Doria.
Vacina nacional
Na nova vacina o Instituto Butantan é o principal desenvolvedor dentro de um consórcio e poderá produzir a maior parte dos imunizantes, diferentemente da Coronavac ou da vacina de Oxford, em que os parceiros nacionais podem produzir uma capacidade limitada de doses.
O pedido de autorização para testes contempla as fases 1 e 2 dos estudos, que analisam a segurança e a capacidade de promover resposta imune.
A fase da eficácia, na qual as vacinas podem pedir o uso emergencial ou o registro definitivo, é a terceira fase.
Mesmo com imunizantes de farmacêuticas renomadas e de eficácia comprovada contra a Covid-19, já em aplicação no Brasil, especialistas afirmam ser essencial que o país tenha uma vacina nacional.
Autonomia e custo reduzido
O desenvolvimento próprio é importante para baratear os custos da vacinação em massa. Uma vacina brasileira permitiria distribuição mais ampla, rápida e barata da imunização.
A demora na chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo – o IFA, em janeiro, por exemplo, gerou atrasos no início da produção da vacina da Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz e refletiu um problema estrutural da indústria brasileira, segundo o ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, Ivo Bucaresky.
De acordo com relatório da Anvisa, publicado em outubro de 2020, 95% dos insumos usados para produção de remédios no Brasil vêm do exterior.
Por Andréa Fassina, da redação do Só Notícia Boa – Com informações da CNN