Brasileiros desenvolveram um game inclusivo para ajudar a alfabetizar crianças com deficiências, necessidades especiais e transtornos.
Os protagonistas do jogo eletrônico são um autista, um jovem com síndrome de Down e um cadeirante.
“A alfabetização em crianças com dificuldade de aprendizagem é um desafio para os professores, principalmente quando elas estão relacionadas a transtornos do neurodesenvolvimento”, disse Alex Leal, desenvolvedor do game Super AZ, em entrevista ao Só Notícia Boa.
A ideia, segundo ele, é que o jogo eletrônico seja usado para fins educacionais. E Alex avisa: “o jogo não tem golpes nem ações de violência, tanto nas animações quanto nos efeitos sonoros”.
O jogo
O game tem como prática pedagógica a educação inclusiva, funções de estímulos, motivação do processo de alfabetização e aposta num ambiente favorável e atrativo para a aprendizagem.
Na história, os personagens Luka, Nelly e Satochi entram numa aventura e são convidados pela heroína Super AZ a ajudar a combater os inimigos da aprendizagem.
O grandalhão Não Letrado e vaidosa Lizzy tentam impedir a passagem do jogador – tocá-los causa Gameover.
As fases
O game Super AZ é dividido em quatro fases: A primeira fase do jogo tem letras do alfabeto (vogais e consoantes), a segunda fase aparecem as sílabas. Na terceira, palavras e na quarta fase as frases.
Em cada fase, há desafios que foram feitos para trabalhar a atenção, coordenação motora, despertar curiosidade e respeitar as regras do jogo.
“A ideia é ajudar no desenvolvimento da comunicação social e da linguagem em crianças com Transtorno de déficit de atenção (TDAH), Transtorno globais do desenvolvimento –TGD (autismo), deficiência intelectual, dislexia, dislalia, distúrbio do processamento auditivo central (DPAC) e transtorno opositivo desafiador (TOD)”, afirmou.
Como
O Super AZ usa elementos de imagem, som, animação e interação com personagens e cenários.
O game intensifica a experiência do jogador. Ele cria um ambiente de tomada de decisões, estimulo cognitivo e motor, desenvolvimento de atenção, memorização e aprendizagem.
O Super AZ tem 4 fases fixas e mais uma fase Bônus, além de puzzels (quebra-cabeças) que precisam ser resolvidos.
Ele é todo em 3D e tem cenários lúdicos e coloridos.
O Super AZ foi produzido em Brasília pela Lizards Games em parceria com Ana Paula Soares e Claudomiro Soares, idealizadores do jogo.
Ele foi criado exclusivamente para plataformas de computadores e será lançado no segundo semestre deste ano, informou Alex Leal.
Veja como funciona:
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do Só Notícia Boa