Felizmente estão pensando mais na natureza, de onde sai nossa comida, nossa água e o ar que respiramos. Um relatório divulgado pela ONU mostra que aumentou a quantidade de áreas naturais protegidas no planeta nos últimos anos!
E isso tem a ver com as 20 metas estabelecidas em 2010, para serem realizadas até 2020. As chamadas AICHIs, pretendem deter o declínio da biodiversidade no mundo.
“Hoje, 22,5 milhões de km² de áreas terrestres e de águas interiores (16,64% do total mundial) e 28,1 milhões de km² de áreas marinhas e costeiras (7,74%) estão em áreas protegidas documentadas, um aumento de mais de 21 milhões de km² desde 2010″, de acordo com um comunicado.
No relatório ainda apontava as metas. O objetivo era atingir 17% das áreas terrestres e 10% das áreas marinhas. Apesar de apenas o primeiro índice ter sido alcançado, a conquista está sendo muito comemorada.
A qualidade da proteção
De acordo com o PNUMA e a IUCN, quase 42% das unidades de conservação foram criadas na última década.
Para Trevor Sandwith, diretor do programa de áreas protegidas da IUCN, esse número relata um “grande esforço por parte dos países”.
E para que todas as nações adotem, cada vez mais, medidas ambientais melhores e mais assertivas, a IUCN desenvolveu uma lista de fatores para definir o bom funcionamento das zonas de proteção ambiente, como tamanho suficiente, regulamentação eficaz, finanças e conhecimentos necessários.
A lista contém indicação para que “as áreas protegidas devem estar mais conectadas entre si para permitir que as espécies se movam e os processos ecológicos funcionem”. Essa deve ser uma ação mais emergencial, já que “apenas 8% das terras são protegidas e conectadas ao mesmo tempo”.
Novo quadro de ações
A publicação do relatório acontece há seis meses da COP15, quando novas metas serão estabelecidas para serem cumpridas até 2030.
As novas metas trazem a perspectiva de uma maior participação dos povos indígenas, segundo a IUCN e o PNUMA. De fato. Esses grupos temem que a criação de áreas protegidas seja um pretexto para expulsá-los de suas terras, como já aconteceu em muitos países.
Proteger a natureza não significa acabar com as atividades humanas, segundo Sandwith, mas sim promover práticas sustentáveis, da agricultura e pesca ao turismo, acrescenta.
Com informações de R7.