Uma ação de fiscalização resgatou 84 pessoas trabalhando em condições precárias, análogas às de escravidão.
Os trabalhadores estavam em uma lavoura de milho na cidade de Paracatu, Minas Gerais, sem alojamento, banheiro e água potável. Alguns, inclusive, contaminados com Covid-19.
Este foi o maior resgate em número de trabalhadores escravizados em 2021, de acordo com os agentes da operação, realizada em junho.
Trabalhadores migrantes
Eles contaram que os resgatados eram migrantes do Maranhão e do Norte de Minas Gerais e haviam sido aliciados por “gatos”, que são contratadores de mão de obra a serviço dos empregadores.
Os trabalhadores estavam em condições degradantes, com alojamento precário e lotado, sem instalações sanitárias e sem reposição de água potável.
Além disso, dos 84 trabalhadores, 22 testaram positivo para a Covid, mas continuavam trabalhando.
Cuidados
Após o resgate, os trabalhadores tiveram atendimento médico para analisar a saúde e foram direcionados, conforme as necessidades individuais deles.
Também foi aberto processo contra os empregadores irregulares para que os trabalhadores tenham acesso às três parcelas do seguro-desemprego oferecido a libertados do trabalho escravo.
No total, foram pagos mais de R$ 635 mil em salários, verbas rescisórias e direitos trabalhistas e os resgatados tiveram garantido a passagem para seus locais de origem.
Nesse montante, estão incluídos R$ 1500 em dano moral individual para cada vítima negociado pelo Ministério Público do Trabalho.
A ação foi organizada por auditores fiscais do trabalho, Ministério Público do Trabalho e Polícia Rodoviária Federal.
Com informações de Repórter Brasil