Agora é oficial. Todos os idosos brasileiros vão receber a 3ª dose da vacina contra a covid-19 a partir de setembro.
O anúncio foi feito pelo ministro Marcelo Queiroga ontem e confirmado nesta quarta-feira, 25, em nota divulgada pelo Ministério da Saúde.
Ele disse que a dose de reforço será para idosos com mais de 70 anos e pessoas imunossuprimidas (pessoas transplantadas, com câncer, queimaduras graves, etc) que tomaram a segunda dose da vacina há pelo menos seis meses.
A dose de reforço será feita com a vacina da Pfizer.
Vacinas perdem a proteção com o tempo
Segundo o ministério, as decisões foram tomadas em conjunto com Conass, Conasems e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19. Na semana passada, os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendaram a dose de reforço em “caráter experimental”, para idosos acima de 80 anos e pessoas com a imunidade comprometida que tomaram a vacina CoronaVac.
Mas outros estudos apontam que as demais vacinas também podem perder a proteção e uma dose extra pode ser necessária para algumas pessoas.
Uma pesquisa feita no Reino Unido, por exemplo, apontou que a proteção após o esquema vacinal completo da Pfizer diminuiu de 88% em um mês para 74% em até seis meses. No caso da AstraZeneca, a queda foi de 77% para 67% até cinco meses.
Por isso, 14 países já decidiram aplicar a dose de reforço.
Os EUA começarão a aplicar a terceira dose da vacina contra a Covid a partir de 20 de setembro.
Israel já está distribuindo a terceira dose para maiores de 50 anos desde julho.
O Chile começou a aplicar neste mês uma dose extra da vacina AstraZeneca em idosos que já receberam as duas doses da Coronavac.
O Uruguai também aprovou a dose de reforço do imunizante da Pfizer para pessoas que receberam duas injeções da Coronavac.
Por que 15 de setembro?
O ministro revelou que a data foi escolhida porque, até lá, pelos cálculos do Ministério da Saúde, toda a população com mais de 18 anos já vai ter sido vacinada com pelo menos a primeira dose da vacina.
A decisão veio depois de uma reunião na noite dessa terça-feira com técnicos do Ministério da Saúde e representantes da OPAS (Organização pan-americana de Saúde).
Queiroga disse ainda que a decisão levou em conta o andamento da aplicação da segunda dose na população em geral “não tinha sentido eu avançar no reforço, se não tivesse a D2 assegurada, então a D2 seguirá”, disse ele.
Intervalo menor entre doses
O ministro Queiroga também anunciou que, a partir de setembro, o intervalo entre as doses dos imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca vai diminuir de 12 para 8 semanas, como acontece no Reino Unido.
“Temos uma quantidade boa de doses da Pfizer. Da AstreZeneca também temos doses suficientes”, concluiu.
Com informações da CNN e G1