O brasileiro Wallace Santos é ouro! O carioca bateu o recorde mundial no arremesso de peso, com a marca de 12,63 metros e se sagrou campeão em Tóquio 2020 na classe F55 (cadeirante).
Wallace dedicou a conquista histórica da medalha de ouro nas Paralimpíadas a Jurema Henrique, sua treinadora que morreu durante a pandemia:
“Ela veio a falecer na minha preparação, no início da pandemia. Graças a Deus, conseguiu me deixar classificado para os Jogos e só tenho a agradecer”, disse em entrevista ao SporTV.
“Outra pessoa que também veio a falecer – eu cheguei a pensar em parar, nem vir para Tóquio – foi o meu tio Jorge. Fez o papel de pai sempre que precisei. Essa vitória também desejo a ele e a toda minha família”, acrescentou
O medalhista também ressaltou a importância de Cecília, sua psicóloga:
“Ela até brinca comigo, que me pegou em um incêndio. Fui procurá-la um mês antes de ir para Tóquio e ela falou: ‘Wallace, você veio com uma bomba para mim, mas eu sou bombeira e vamos lá.’”
E deu certo, segundo Wallace:
“Eu entrei muito focado na prova, sabia que ia fazer o meu melhor. O trabalho mental que ela falou, de visualizar o que queria… Visualizei e até passei: a nossa meta era 12,47m, o recorde do mundo. Consegui ultrapassar e colocar o meu nome na história”, completou.
Mais medalhas
A outra medalha do país veio do arremesso do carioca João Victor Silva. Ele garantiu o bronze na classe F37 (paralisia cerebral andante).
O brasileiro, de 27 anos, atingiu a marca de 14,45 m em sua quinta tentativa e garantiu o bronze na competição. São as primeiras medalhas paralímpicas na carreira dos brasileiros.
O medalhista de prata no arremesso de peso classe F55 foi o búlgaro Ruzhdi, com 12,23 metros, e o bronze ficou com o polonês Lech Stoltman (12,15 m).
Já na prova da classe F37, o campeão, com marca de 15,78 m, foi Albert Khinchagov, do Comitê Paralímpico Russo (CPR, sigla em inglês). A prata ficou com o tunisiano Ahmed Ben Moslah (14,50 m).
Com informações do SporTV e AgênciaBrasil