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Placa solar da castanha de caju é criada por pesquisadores brasileiros
15 de outubro de 2021
- Monique de Carvalho
Estudo mostra que o líquido da casca da castanha de caju (LCC), ajuda a absorver energia solar - Foto: divulgação
Estudo mostra que o líquido da casca da castanha de caju (LCC), ajuda a absorver energia solar - Foto: divulgação

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram placas solares a partir de um óleo extraído da castanha de caju. As placas conseguem coletar radiação solar e alcançam resultados promissores, com eficiência até superior às técnicas já utilizadas no mercado.

Apesar de ainda estar em fases de testes, a placa é considerada muito promissora para comercialização. A eficiência dela é 42,86%, superior inclusive à da superfície comercial, cuja eficiência foi de 41,85%.

A descoberta faz parte de um projeto de pós-graduação do estudante Diego Caitano Pinho, iniciado em 2017. A ideia era buscar um produto mais em conta para substituir as superfícies existentes dos coletores solares de placa plana, utilizados para a produção de energia solar térmica.

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Características mercadológicas

As vantagens que a placa solar traz para o mercado motivaram o Diego a iniciar os estudos.

Hoje o Ceará concentra 8 das 12 companhias da indústria de caju que atuam no Brasil. Juntas, as indústrias processam 360 mil toneladas por ano de castanha e geram 45 mil toneladas anuais de líquido da casca da castanha de caju (LCC)

Essa abundância facilita bastante a produção de placas e reduz, inclusive, o custo de fabricação, o que torna o painel anda mais fácil de ser comercializado.

Como funciona

Diego explica que “o principal componente do coletor solar de placa plana é a superfície absorvedora, onde será depositado o LCC. Portanto, de forma mais simples, a superfície seletiva, feita com o LCC, absorve a radiação solar e promove o aquecimento de um fluido, como água ou óleo, por exemplo”, esclarece.

O LCC, também é extraído de forma diferente. Enquanto em outros países obtêm o óleo com a quebra da casca das castanhas, no Brasil essa atividade é realizada com o cozimento. Esse processo potencializa ainda mais a geração de energia.

Comercialização

Ainda não há um prazo definido para a placa solar chegar ao mercado. E enquanto isso não acontece, Diego trabalha no aperfeiçoamento no equipamento.

Os resultados da pesquisa foram publicados no Journal of Materials Design and Applications no artigo “Characterization and application of a selective coating for solar collectors from of the cashew nut shell liquid”.

Placa solar - Foto: divulgação
Placa solar – Foto: divulgação
LCC - Foto: divulgação
LCC – Foto: divulgação

Com informações de UFC

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