Enquanto o Brasil sofre com o desemprego – a taxa está 13,2% -, Portugal está com vagas sobrando e procura brasileiros. Olha a oportunidade de morar e trabalhar fora!
A Falta de mão de obra chegou a um nível crítico em Portugal, segundo reportagem desta semana do jornal O Globo.
O país precisa de milhares de trabalhadores após a explosão de serviços digitais na pandemia e esse gargalo pode atrapalhar o relançamento da economia após a fase mais dura da pandemia de Covid-19.
Só o turismo português precisa de 15 mil trabalhadores, de acordo com fala do presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Raul Martins, durante um congresso em Albufeira, no Algarve. O setor gerou 15,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.
E mais 60 mil trabalhadores são necessários somente para o Algarve, região praiana com forte apelo ao trabalho no verão, e principal destino turístico de Portugal, o diretor do Grupo Nau, Mário Azevedo Ferreira.
E não é apenas para o turismo. Outros setores também estão com vagas abertas por falta de mão obra.
70 mil trabalhadores na construção Civil
O problema da falta de trabalhadores já ganhou as páginas dos principais jornais. O “Jornal de Notícias” fez um levantamento com as associações dos setores mais afetados.
Só a construção civil precisaria de 70 mil trabalhadores.
Já o setor de restaurantes necessita de 25 mil empregados.
Gualter Morgado, diretor executivo da associação do setor mobiliário (APIMA), disse ao “Jornal de Negócios” que há vagas de estofadores com salário de € 2 mil (R$ 12 mil) limpos e não encontra trabalhadores: o setor precisa de cinco mil pessoas ao todo.
A Delloite anunciou nesta quarta-feira, 17, que vai investir em dois novos centros tecnológicos e de transformação digital em Portugal. Em quatro anos, serão criadas até duas mil vagas.
Motivo da falta de mão de obra
Mas por que isso está acontecendo em Portugal?
O país tem vagas sobrando por vários motivos, entre eles, a emigração para outros países europeus em busca de melhores salários, envelhecimento da população em idade ativa e pagamento de subsídios. Estes são os fatores apontados para a falta de interesse nas vagas que estão abertas.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) informou que a taxa de empregos vagos subiu de 0,78% para 0,99% no segundo trimestre. E o índice de desemprego está em 6,1%, número abaixo dos registrados antes da explosão da pandemia.
Porém, há mais de 300 mil desempregados inscritos nos centros de emprego. Ao que tudo indica, são portugueses que não têm interesse pelas vagas que estão sobrando.
Com informações de OGlobo