Mais que merecido, o nosso Forró ganhou um reconhecimento importante nesta quinta-feira (09). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), declarou que o ritmo nordestino como patrimônio imaterial brasileiro.
A notícia veio após reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da entidade. O processo foi aberto em 2011.
Em comunicado, o Iphan informou que o Forró é uma verdadeira expressão musical e se referiu ao estilo como um “supergênero musical”, porque agrupa ritmos musicais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.
“Manifesto-me plenamente favorável ao registro pelo Iphan das matrizes tradicionais do forró, munidas das formas de expressão com abrangência nacional”, afirmou a relatora do processo na entidade, Maria Cecília Londres Fonseca.
Pesquisa
Apesar de o processo ter sido aberto em 2011, foi apenas em 2019 que as pesquisas deram início.
O Iphan visitou os nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo para entender e identificar como se expressa o Forró de uma forma completa.
Além disso, a pesquisa considerou a cultura individual de cada um desses locais, com a identificação de festivais sobre a expressão musical.
A presidente do Iphan, Larissa Peixoto, lembra que outros gêneros tradicionais do Nordeste já tinham recebido o mesmo reconhecimento, como é o caso da ciranda e do repente.
“Esse bem cultural (forró) é o 52º bem registrado no país, dispensa apresentações, está em incontáveis eventos e festivais por todo o Brasil, em especial nos festejos juninos, gerando renda, empregos diretos e indiretos, além do sentimento muito forte de pertencimento”, declara Larissa.
Com informações de Correio Braziliense