Se a frieza e maldade do dono da guerra são revoltantes, os atos de solidariedade e amor de compatriotas, as pessoas do bem emocionam! O que brasileiros estão fazendo para ajudar outros brasileiros refugiados nessa guerra na Ucrânia é de aquecer o coração!
Vários deles vão e voltam da fronteira com a Polônia para resgatar compatriotas que conseguiram escapar da área de conflito, mas não têm onde ficar, nem o que comer. Gente que eles nem conhecem e agora só tem a roupa do corpo e a solidariedade das pessoas.
Rodolfo Caires é um desses brasileiros determinados a ajudar. Em vez de fugir da guerra, o cientista farmacêutico vai em direção a ela e cruza a fronteira da Ucrânia para resgatar compatriotas.
“Eu estou atravessando porque recebi passe especial de voluntário, então posso cortar para levar suprimento e abrigo para quem está lá na frente”, disse o brasileiro esta semana em entrevista ao Jornal Nacional.
Buscar pessoas
Rodolfo mora em Dublin, na Irlanda. Na semana passada ele viajou para a Polônia e se juntou a outros brasileiros que têm ido de carro até Lviv, na Ucrânia, buscar pessoas que não conseguem sair do país.
Enquanto esperava na fila na fronteira, com três pessoas no carro – dois ucranianos e um brasileiro ele disse:
“Sabendo que os brasileiros estavam aqui num lugar tão diferente do Brasil, eu resolvi vir porque eu sei como é. Então, só de você ter alguém ali ajudando, dando auxílio, do seu lado, já faz diferença do que você estar sozinho numa situação caótica dessas”, afirmou Rodolfo.
Pedidos de ajuda pelas redes sociais
É pelas redes sociais que os pedidos e as ofertas de ajuda aparecem.
A internet conectou brasileiros espalhados por toda a Europa às pessoas que continuam isoladas na Ucrânia. Pessoas que nunca se viram, mas que não vão mais sair das lembranças desses dias duros.
Resgatar brasileiros
Já era noite em Lviv quando a Clara, que mora na Alemanha, chegou ao centro da cidade para resgatar brasileiros.
Ela enfrentou o trânsito caótico e levou uma plaquinha com o desenho da bandeira do Brasil para tentar localizar os brasileiros necessitados.
“Eu estou aqui para receber quatro brasileiros que acabaram de chegar a Lviv de trem. A gente aguarda eles, não sei quem eles são”, contou a brasileira.
Casas que viraram abrigos
A educadora física Martha Arno é de família polonesa. A mãe veio para o Brasil como refugiada da Segunda Guerra. Hoje, os parentes que ficaram na Europa se preparam para abrigar em casa uma mãe ucraniana com dois filhos pequenos.
Do Brasil, Martha ajudou com dinheiro, enviado para uma entidade católica que tem contribuído para administrar a crise de refugiados na Polônia.
“Estão pegando muitas doações nas igrejas e depois mandando para onde estão os refugiados. Estão muito bem organizados”, contou.
Cada um faz o que pode para ajudar. E não poderia ser diferente.
Se existe um louco no poder, temos milhões de pessoas do bem para ajudar e resistir!
Com informações do JN