Após um ano de pesquisa, alunas brasileiras criaram um absorvente biodegradável baratíssimo, com um custo de apenas R$ 0,02.
As estudantes do ensino médio, Camily Pereira dos Santos e Laura Nedel Drebes são da escola Instituto Federal do Rio Grande do Sul, em Osório (RS),
Sob a orientação da professora Flávia Twardowski, esse grande estudo será apresentado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que é realizada até 26 de março.
Protótipo para combater pobreza menstrual
Camily contou que o projeto surgiu após descobrir que a mãe, quando adolescente, não tinha acesso a absorventes e precisava recorrer a métodos nada seguros e saudáveis.
“Mulheres usam uma média de 10 mil absorventes na vida, que demoram de 100 a 500 anos para se decompor em função dos componentes plástico e aditivos químicos. Mas a menstruação ecologicamente correta ainda é um luxo”, explica Camily.
Produto final tem poder de absorção muito maior
E olha que legal. Com base em uma pesquisa bibliográfica, as jovens contam que encontraram materiais que eram desperdiçados pelas empresas e que tinham um alto grau de absorção.
Os materiais foram esses: a fibra do caule da bananeira e do açaí de juçara substituiu o algodão.
Envolvendo o algodão, há um bioplástico, feito com resíduos de cápsulas de medicamentos da indústria nutracêutica. Por fim, o invólucro do produto é costurado com retalhos de tecidos das costureiras locais.
Cooperativa de mulheres para produção do absorvente
E as meninas não querem parar por aí! A intenção delas é fazer o produto chegar a todo Brasil por meio de uma cooperativa para a produção do absorvente.
“Para as mulheres, essa iniciativa é de suma importância para promover o pertencimento na comunidade, a geração de empregos e o empreendedorismo sustentável”, finaliza.
Que incrível, meninas! Visionárias e solidárias! Este é o Brasil que a gente quer! Aplausos!
Com informações de Metrópoles