Pelo andar das pesquisas, logo mais não serão apenas as mulheres que poderão tomar medicamentos contraceptivos. O anticoncepcional masculino já passou pelos primeiros testes e apresentou eficácia de 99% em animais.
O avanço é um desejo antigo da medicina e as pesquisas só apontam resultados positivos até o momento.
Segundo cientistas, medicamento não gerou efeitos colaterais nos animais. Os testes em humanos devem começar ainda neste ano, e os responsáveis acreditam que a pílula pode estar disponível no mercado até 2027.
Controle de natalidade para homens
As descobertas sobre o anticoncepcional masculino serão apresentadas durante a reunião de primavera da American Chemical Society e representam um marco na oferta de métodos de controle de natalidade para o público masculino.
A pílula anticoncepcional para mulheres foi aprovada na década de 1960. Hoje ela é utilizada por mais de 214 milhões de mulheres no mundo. Os pesquisadores têm trabalhado para que o número de homens que usarão o remédio seja equivalente.
“Vários estudos mostram que os homens estão interessados em compartilhar a responsabilidade contraceptiva com suas parceiras”, afirmou o doutor Abdullah Al Noman, graduado da Universidade de Minnesota, responsável por apresentar a pesquisa.
Como funciona a pílula
O anticoncepcional masculino vai seguir a mesma lógica do medicamento para mulheres. A pílula feminina usa hormônios que alteram o ciclo menstrual, uma combinação do estrogênio e da progesterona. Já nos homens, a ação se concentrará no hormônio da testosterona.
A única preocupação no momento, segundo o Dr. Abdullah, é quanto aos efeitos. Apesar de não ter apresentado reações graves, o anticoncepcional masculino mostrou que os camundongos testados tiveram alguns efeitos colaterais.
Os animais apresentaram um ganho de peso, depressão e aumento dos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), aumentando o risco de doença cardíaca, além de baixa efetividade.
Uma pílula que funcionaria com esse mecanismo para os homens, o DMAU, enfrenta dificuldades em avançar nos testes justamente por esses motivos.
Com informações de Olha Digital