Histórico! Pela primeira vez uma mulher vai presidir a Academia Brasileira de Ciências. A biomédica Helena Nader será a primeira presidente feminina em 105 anos.
Ela será empossada durante a Reunião Magna da ABC, entre 3 e 5 de maio de 2022, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro e foi eleita para assumir o cargo do triênio 2022-2025
A eleição de Helena Nader, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi definida na Assembleia-Geral da semana passada. “Me considero uma pessoa privilegiada por ter tido tantas oportunidades na vida e por estar agora presidindo, como mulher, uma instituição centenária, ao lado de uma diretoria da mais alta qualidade. Espero que possamos motivar ainda mais a ciência brasileira”, comemorou a nova presidente.
A pesquisadora, que foi vice-presidente da ABC desde 2019, vai assumir a cadeira do físico Luiz Davidovich.
A história de Helena Nader
Ainda na adolescência, Helena teve sua primeira experiência acadêmica no exterior, ao cursar o último ano do ensino médio nos Estados Unidos.
Bacharel em ciências biomédicas pela Unifesp e licenciada em biologia pela Universidade de São Paulo (USP), tem doutorado em ciências biológicas na Unifesp e pós-doutorado na mesma área pela Universidade do Sul da Califórnia (Estados Unidos).
Helena tem como objeto de pesquisa a heparina, um composto que evita a coagulação do sangue e impede a formação de trombos.
A pesquisadora é bolsista de produtividade nível 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), publicou mais de 380 artigos em qualificadas revistas científicas internacionais e já formou 46 mestres e 51 doutores.
Sua brilhante atuação como cientista foi reconhecida por importantes distinções acadêmicas, como o Prêmio Almirante Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia 2020, concedido pelo CNPq, Fundação Conrado Wessel (FCW) e Marinha do Brasil; o Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher (2020); o Prêmio Scopus 2007, concedido pela Elsevier e pela Capes; o título de professora Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 2005; o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2022; e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, em 2008, outorgada pelo governo do Brasil.
Helena também foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC, 2011-2017), onde atualmente é presidente de honra, presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq, 2009-2010) e é co-presidente da Rede Interamericana de Academias de Ciências (IANAS).
Helena também é membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e da Academia Mundial de Ciências (TWAS, sigla em inglês).
A professora também se destacou, desde o início da carreira, pelo posicionamento ativo em defesa da ciência, tecnologia, inovação e educação brasileira, expresso em artigos publicados no Estadão, na revista Piauí e na Folha de S.Paulo.
Promover a igualdade de gênero e pluralidade na ciência também são pautas prioritárias para Helena.
Com informações da Galileu